10 de janeiro de 2025

Setor sucroenergético de MS evita a emissão de 12,7 milhões de toneladas de CO2

A entidade aponta que o saldo é calculado a partir dos 10,9 bilhões de litros de etanol produzidos entre 2020 a 2024 pelas unidades certificadas no Programa Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) neste período. Usina sucroenergética de MS
Biosul/Divulgação
O setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul evitou a emissão de 12,7 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera a partir da produção de etanol nas últimas quatro safras, entre 2020 e 2024, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (5), pela Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul).
A entidade aponta que o saldo é calculado a partir dos 10,9 bilhões de litros de etanol produzidos entre 2020 a 2024 pelas unidades certificadas no Programa Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) neste período.
A Biosul aponta que o volume representa a absorção feita por cerca de 89 milhões de arvores plantadas e mantidas de pé por 20 anos, o que seria representado por uma área equivalente a 1.584 campos de futebol.
Para o presidente da Biosul, Amaury Pekelman, o número reflete o ganho ambiental que o setor de bioenergia representa para o Estado e na agenda de transição energética do País.
“A sustentabilidade do etanol não está apenas no consumo do biocombustível, que é 90% mais limpo que o concorrente fóssil, ela é do poço à roda (conceito que considera todo o ciclo de vida do combustível). E o RenovaBio é um programa que estimula ainda mais as usinas a tornarem o seu processo de produção cada vez mais eficiente, provocando inovação no setor que, consequentemente, eleva a sua nota no programa e gera mais Bbios (Créditos de Descarbonização)”, destaca.
Pelo programa, cada crédito de descarbonização corresponde a tonelada de CO2 evitada na atmosfera.
Sustentabilidade
No último ciclo 2023/2024, que se encerrou no dia 31 de março, o processamento da cana bateu recorde histórico, atingindo 52,4 milhões de toneladas. Essa recuperação no processamento da matéria-prima refletiu também na oferta de produtos, que bateu recorde na produção de açúcar e etanol, incluindo o incremento do biocombustível produzido a partir do milho. Ao todo, 42 municípios são impactados de forma positiva pelo setor bioenergético em Mato Grosso do Sul.
Novos investimentos e novos produtos O perfil de produção de bioenergia no Estado conta com 19 unidades em operação. Todas são produtoras de etanol hidratado, 11 produtoras de anidro, 2 produtoras de etanol a partir do milho, 10 produtoras de açúcar. Todas cogeram bioeletricidade, energia elétrica gerada a partir da biomassa da cana, sendo 13 usinas exportadoras do excedente para a rede nacional de energia elétrica, que chega a milhares de residências pelo Brasil.
Em 2022, o Estado deu início a produção de etanol de milho que trouxe um incremento de 25% na produção do biocombustível na última safra, até então produzido a partir da cana-de-açúcar. Esse potencial deve aumentar neste novo ciclo com o início das operações da unidade Neomille, do Grupo CerradinhoBio, em Maracaju (MS), e da segunda unidade da Inpasa, em Sidrolândia (MS), em fase de instalação.
Outros dois projetos voltados para cana-de-açúcar também avançam no Estado. Em Paranaíba, a Usina Cedro, do Grupo Pedra Agroindustrial, deve entrar em operação ainda em 2024. Recentemente, foi anunciado também investimento do Grupo Agroterenas para reativação da antiga Usina Aurora, em Anaurilândia.
São R$ 5,3 bilhões em investimentos de novas plantas e ampliações anunciados pelo setor bioenergético para Mato Grosso do Sul, segundo o presidente da entidade. “São investimentos que serão transformados em novas oportunidades de empregos e desenvolvimento econômico para as pessoas que vivem aqui”, destaca.

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