Em nota, a Semusa informou que a comissão, de forma conservadora, recomendou o encaminhamento do caso ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais para conhecimento e análise. Tatielle morreu no dia 21 de abril. Tatielle Scarlatt era influenciadora há sete anos e tinha mais de 74 mil seguidores no Instagram
Reprodução/Redes Sociais
A sindicância instaurada para apurar o atendimento no âmbito da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) à Tatielle Scarlat Ferreira, influenciadora digital que morreu em Divinópolis, diz que não encontrou erro médico.
“Após análise do histórico dos atendimentos dispensados à paciente no âmbito da UPA Padre Roberto Cordeiro Martins, a análise técnica indicou a não existência de relação causal entre as condutas médicas e o desfecho fatídico do caso”, diz trecho da nota divulgada pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa),
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Ainda de acordo com a nota, “a comissão, de forma conservadora, recomendou o encaminhamento da ocorrência ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais para conhecimento e análise”. (Confira a íntegra da nota mais abaixo)
A recomendação da comissão foi acatada pela Semusa, que promoverá o encaminhamento ao conselho.
Influenciadora Tatielle Scarlat morre em Divinópolis aos 28 anos
Quem era Tatielle Scarlat, influenciadora digital que morreu com pneumonia em Divinópolis
Entenda o caso
A influenciadora digital Tatielle Scarlat Ferreira, morreu em Divinópolis, no dia 21 de abril, em decorrência de uma pneumonia.
Em entrevista ao g1, o marido dela, Jeremias de Jesus, contou que a influenciadora digital buscou o primeiro atendimento na UPA Padre Roberto Cordeiro Martins no dia 16 de abril. Ele disse que, apesar de não ter sido feito exame, ela foi diagnosticada com dengue, e voltou para casa após o atendimento.
Na manhã do dia 20, ela retornou para a UPA e teve o diagnóstico de pneumonia confirmado após exames, dentre eles um raio-x, sendo medicada e liberada com prescrição de antibióticos.
Ainda conforme o marido, no início da noite do dia 20, a influenciadora teve os sintomas intensificados, sendo levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a UPA. Na madrugada de domingo, em estado grave, ela foi transferida para a Sala Vermelha do Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD), onde faleceu.
Na época, em nota divulgada no Instagram, familiares de Tatielle apontaram descaso na saúde pública e despreparo de alguns profissionais da UPA.
Na oportunidade, em nota, a Prefeitura informou sobre a instauração de uma sindicância na UPA para apurar se houve ou não erro médico no atendimento à paciente. O resultado dessa sindicância, que foi conduzida por profissionais médicos não pertencentes ao corpo clínico da UPA Padre Roberto, foi divulgado nesta terça-feira e não apontou erro/imperícia médica no atendimento à paciente.
Nota sobre a conclusão da sindicância
“A Prefeitura Municipal de Divinópolis, através da Secretaria Municipal de Saúde, informa a conclusão da Sindicância instaurada para apurar a ocorrência de eventual erro/imperícia médica no atendimento dispensado à paciente Tatielle Scarlat Ferreira.
Após análise do histórico dos atendimentos dispensados à paciente no âmbito da UPA Padre Roberto Cordeiro Martins, a análise técnica indicou a não existência de relação causal entre as condutas médicas e o desfecho fatídico do caso. No entanto, a comissão, de forma conservadora, recomendou o encaminhamento da ocorrência ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais para conhecimento e análise. A recomendação da Comissão foi acatada pela Secretária Municipal de Saúde que promoverá o acionamento do conselho em questão.
Diferente do que popularmente se pressupõe, é bastante complexo caracterizar inequivocamente o erro médico, uma vez que nem todo desfecho desfavorável de um caso configura-se necessariamente como erro médico. Ademais, como a medicina não é uma ciência exata, nem toda conduta está fundamentada em padrões técnicos absolutos. Análises feitas isoladamente por profissionais médicos podem trazer opiniões divergentes sobre a conduta ideal em determinada situação, pois estas podem conter critérios subjetivos que não necessariamente externam unanimidade ou a opinião majoritária.
Oportunamente, reforçamos nosso compromisso com a transparência e manifestamos nosso desejo de que a elucidação técnica e imparcial do ocorrido tranquilize não só as partes envolvidas, mas também toda a população de Divinópolis.”
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