Deputados e senadores retomam trabalhos em meio a negociações do governo com o Centrão por mais espaço na Esplanada e indefinição sobre votação do Orçamento. O Congresso realizou nesta segunda-feira (3) a tradicional cerimônia de abertura do ano Legislativo sob o comando do novo presidente Davi Alcolumbre (União-AP), eleito no sábado para comandar o Senado pelos próximos dois anos.
🔎O presidente do Senado é quem comanda as sessões do Congresso. Por isso, coube a Alcolumbre presidir a sessão solene que marcou o início dos trabalhos do Poder Legislativo.
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), novo presidente da Câmara, também compôs a mesa de abertura.
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Compareceram à cerimônia os ministros de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, além do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, também participou do evento.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e leu a mensagem presidencial com as prioridades do Executivo para 2025.
A cerimônia de abertura foi marcada por 21 tiros de canhão, acionados pelo 32º Grupo de Artilharia de Campanha, considerada uma honra oferecida aos chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário federal, em momentos solenes.
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), chegam a cerimônia de abertura do ano legislativo no Congresso.
Vinicius Cassela/g1
Emendas, Orçamento e ministérios
A reabertura dos trabalhos no Legislativo ocorreu em meio à indefinição sobre a votação do Orçamento de 2025, que deveria ter sido aprovado no final do ano passado, mas acabou adiada.
Além disso, o governo tenta reorganizar sua base de apoio, principalmente na Câmara, abrindo mais espaço para o Centrão na Esplanada.
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A expectativa é de que o PSD da Câmara seja contemplado com algum ministério na reforma prevista para este primeiro semestre.
Atualmente, o indicado pelos deputados do partido comanda o Ministério da Pesca, considerada uma pasta de pouca expressão e baixo orçamento.
Os parlamentares também buscam uma reacomodação na indicação de emendas, após as decisões do ministro do STF Flavio Dino, que cobraram mais transparência na alocação das verbas.