Uma pessoa ficou presa por seis anos, até que a balística atribuiu o crime a Albino. No celular dele tinha o nome completo de Genilda Maria da Conceição e a data do homicídio. Considerado serial killer pela Polícia Civil, Albino Santos de Lima foi preso no dia 17 de setembro em casa, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió
Reprodução/TV Globo
O serial killer de Maceió, Albino Santos de Lima, confessou mais um homicídio. Com esse, o número subiu para 18. Desta vez foi o da idosa Genilda Maria da Conceição, de 75 anos, assassinada na frente do neto de 10 anos. O crime contra a idosa aconteceu em 2019, na Chã da Jaqueira.
A informação da confissão de Albino foi dada pelo seu advogado Geoberto Bernado. No celular do serial killer, a polícia encontrou o nome completo da idosa e data em que cometeu o assassinato. O laudo pericial da balística também atribuiu o crime a Albino.
“Apesar da confissão, ele não se sente uma pessoa criminosa, ele se intitula um justiceiro alagoano. Todas as pessoas mortas, segundo ele, faziam mal. Já solicitei que uma junta médica avalie a sanidade mental dele. Ele disse que cometeu o crime porque estava tomado por um espírito. Imagino que ele tenha uma dupla personalidade, mas isso deve ser avaliada por um corpo médico”, disse o advogado.
Logo após ao crime de Genilda, a polícia prendeu Antônio Guilherme dos Santos e outros dois irmãos dele pela morte da idosa e outros crimes foram associados a ele. Na época, o neto de Genilda reconheceu Antônio como autor dos disparos. Após a confissão de Albino e a comprovação balística feita pela Polícia Científica, Antônio foi solto.
“A defesa pede a absolvição dos réus pelos crimes, uma vez que há provas suficientes de que os crimes foram atribuídos para Albino. As investigações foram iniciadas e um retrato falado do suspeito do crime foi feito, a única testemunha ocular do crime foi o neto de 10 anos da vítima, que à época, reconheceu Antônio como o autor dos disparos”, disse o advogado Arnon de Mello.
Polícia reabriu inquéritos após provas encontradas no celular de Albino
As primeiras vítimas identificadas moravam na região da Ponta Grossa, em uma raio de 800 metros da residência onde ele foi localizado e preso.
Apesar do celular ter sido formatado, os peritos conseguiram recuperar credenciais de contas dele. Com essas credenciais foram recuperados arquivos de mídia. Entre eles, havia dois diretórios específicos: um chamado ‘odiada Instagram’ e outro, ‘morte especiais’.
Albino costumava fazer fotos nos túmulos de suas vítimas, enterradas em cemitérios públicos de Maceió.
O g1 teve acesso a duas dessas fotos. Em uma, o assassino faz uma selfie na frente da capela do Cemitério de São José, o maior cemitério público da capital. Outra foto armazenada no celular dele é a de um túmulo, no mesmo cemitério.
Pela data das fotos, a Polícia Civil acredita que os túmulos sejam do casal Debora Vitoria Silva Dos Santos, 21 anos e John Lenno Santos Ferreira, 20 anos. Eles foram mortos a tiros em dezembro de 2023. A polícia não sabe o motivo de Albino Santos de Lima tirar fotos dos túmulos.
Albino costumava tirar fotos nos túmulos das vítimas dentro de cemitérios em Maceió
Arquivo pessoal
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