19 de janeiro de 2025

SP tem o dia mais quente de maio da história nesta sexta-feira, com 32,1ºC

O recorde desta sexta foi alcançado depois de dois dias de intenso calor, que acabaram por colocar quarta (1) e quinta (2) na lista dos dias com maiores temperaturas do mês de maio da história. O calorão pode durar até o final da primeira quinzena de maio. Calor em São Paulo nesta sexta-feira (3)
BRUNO ESCOLASTICO/E.FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
A cidade de São Paulo registrou máxima de 32,1ºC, nesta sexta-feira (3), e teve o dia mais quente da história em um mês de maio, segundo termômetro de estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A marca superou o recorde de 31,7ºC, registrado nesta quinta-feira (2) e em 2001 (veja tabela abaixo).
As medições meteorológicas regulares no Mirante de Santana, na Zona Norte, começaram a ser registradas em 1943.
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O recorde desta sexta foi alcançado depois de dois dias de intenso calor, que acabaram por colocar quarta (1) e quinta (2) na lista das maiores temperaturas do mês de maio da história.
As maiores temperaturas do mês de maio, segundo o Inmet:
32,1ºC – 03/05/2024
31,7ºC – 02/05/2024
31,7ºC – 03/05/2001
31,5ºC – 01/05/2024
31,3ºC – 07/05/2010
31,7ºC – 03/05/2001
30,7ºC – 02/05/2001
30,1ºC – 01/05/2003
O g1 ouviu Cesar Soares, especialista da ClimaTempo, que explicou o que tem causado essas altas temperaturas no outono. Segundo ele, a condição é o resultado de três fatores:
Bloqueio Atmosférico
Frente Fria no Sul
El Niño
Soares comenta a relação entre eles.
“Primeiro estamos sob influência de um forte bloqueio atmosférico – que é uma forte massa de ar seco e quente que fica por dias nas áreas centrais do país e não permite a troca com o ar frio vindo do polo sul”, afirma.
“Além disso, temos uma frente fria no Sul do país, que reforça o calor no Sudeste pelo que a gente chama de condição pré-frontal. Devido a presença da frente, os ventos nas áreas centrais do país passam a transportar mais ar quente vindo do interior, por isso a temperatura sobe ainda mais”, complementa.
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O El Niño – fenômeno caracterizado pelo aquecimento maior ou igual a 0,5°C das águas do Oceano Pacífico – ainda interfere na situação, segundo Soares, mesmo que esteja fraco nessa época do ano.
O especialista explica, ainda, que o calorão fora de época deve durar até o final da primeira quinzena de maio na capital.
Quanto a recordes mensais, só será possível saber, de fato, quando junho chegar. Mas Soares é categórico: “Podemos dizer, sim, que este mês de maio tem potencial para ser um dos mais quentes no país”, afirma.
Ainda de acordo com dados do Inmet, abril foi o mês mais quente desde 2016 no Brasil.
*Sob supervisão de Cíntia Acayaba

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