24 de dezembro de 2024

Sucesso nacional, a premiada comédia ‘O Porteiro’ faz temporada em Belém


Visto por mais de 150 mil espectadores, a peça está em cartaz pela primeira vez em Belém, com sessões dias 15, 16 e 17 de novembro, no Teatro Casa Saulo Sisnando Alexandre Lino encarna o personagem Waldisney, “o porteiro mais amado do país”.
Divulgação
Uma das comédias de maior sucesso no Brasil, vencedora do prêmio FITA e indicada ao Prêmio do Humor idealizado por Fábio Porchat, o espetáculo “O Porteiro – A Comédia”, com o ator Alexandre Lino, faz sua primeira temporada no Pará. As apresentações serão no Teatro Casa Saulo Sisnando, em Belém, nos dias 15, 16 e 17 de novembro, com preços populares. O espetáculo tem entrada franca para os porteiros que comprovarem que são profissionais da área nessa divertida homenagem com o personagem Waldisney, o porteiro mais amado do país.
Baseada em histórias reais, a peça tem direção de Paulo Fontenelle, que também assina o texto. A montagem faz uma grande e divertida homenagem a todos os porteiros do Brasil. “Ouvimos e coletamos histórias de mais de 100 porteiros. E eles gentilmente nos autorizam compartilhar essas histórias sem nos cobrar nada por isso. Foi o afeto que selou esse encontro desde o início. Por isso meu compromisso e amizade com eles até hoje. Porteiros não pagaram para assistir ao filme não pagam para assistir ao espetáculo onde quer que eu esteja”, diz Lino.
Vista por mais de 150 mil espectadores, a peça acabou se tornando um filme homônimo, lançado em 2023, e que segue como um dos mais vistos na Prime Vídeo. O espetáculo tem muito humor nordestino, região natal de Alexandre Lino, nascido e criado na cidade de Gravatá, no interior de Pernambuco. O texto foi montado a partir de depoimentos coletados em entrevistas a vários porteiros do Nordeste que – assim como o ator, que se mudou para o Rio de Janeiro para seguir a carreira no teatro – deixaram sua cidade natal em busca da realização de seus sonhos. O espetáculo, por essa razão, gerou uma grande empatia e uma relação de pertencimento do público e dos inúmeros porteiros que assistiram à peça e ao filme de Norte a Sul do Brasil.
Vista por mais de 150 mil espectadores, a peça acabou se tornando um filme homônimo, lançado em 2023
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“No meio de nossa sociedade existe um Brasil notado por poucos. Um grupo formado por pessoas que apesar de conviver conosco, até frequentar nossa casa e fazer parte de seu dia a dia, é como se não estivesse lá. O espetáculo ‘O Porteiro’ inverte tudo isso, e são eles, os porteiros, os protagonistas. Com sua irreverência e muito humor, deixam a invisibilidade para apresentar a realidade como um grande parque de diversão. Afinal, invisível não são as pessoas, invisíveis são suas histórias”, conclui Lino.
Em entrevista exclusiva ao g1, Alexandre Lino fala sobre o humor e a simplicidade do personagem, e comenta sobre a expectativa de se apresentar pela primeira vez em Belém. Confira:
1. O porteiro tem essa premissa deliciosa de trazer à tona esse observador da vida privada. Conta como surgiu a inspiração para essa peça? 
O Porteiro: comediante Alexandre Lino fala sobre inspirações para criar seu personagem
Sou um ator que dei vida a inúmeros porteiros ao longo da minha carreira. Já vivi porteiros na publicidade, na televisão em novelas e no seriado “A cara do pai” onde fiz o Gilmar ao lado de Leandro Hassum, que era o síndico, no teatro e no cinema. Mas, sempre considerei que essas personagens,assim como nova vida, apareciam de forma muito secundária e muitas vezes quase invisíveis. Foi em uma de minhas últimas participações no filme “Apaixonados”, de Paulo Fontenelle, que conversamos muito e nasceu a ideia de fazer uma peça onde o Porteiro e suas histórias ganhassem protagonismo. Daí em setembro de 2017 estreou essa peça que virou um sucesso absoluto no Rio de Janeiro e depois em muitos outros Estados do Brasil. Mantendo esse compromisso e parceria com Paulo fizemos o filme que segue como um dos mais vistos na Prime Vídeo e celebra esses grandes cidadãos com muito humor e emoção. Falar dos Porteiros é falar do melhor do povo brasileiro.  
2. O sucesso dessa obra é evidente. A que você atribui tamanha repercussão? O público se identifica muito? 
O Porteiro: “Waldisney é Brasil com B maiúsculo”, diz o comediante Alexandre Lino
Quando falamos com verdade, humor e respeito chegamos mais fácil ao coração dos brasileiros. O público do nosso país gosta de se ver representado e o Porteiro Waldisney é Brasil com “B” maiúsculo. Um homem simples,uma história comum de um migrante vencedor que ama sua família e vai à luta para dar o melhor para seus filhos. Os porteiros e o público em geral se sentem pertencentes àquela trajetória sendo sua ou não, mas são histórias que certamente já ouvimos e vibramos com ela.
3. Você relata que o texto foi baseado em narrativas dos porteiros. É um texto em constante construção?  
O Porteiro: Alexandre Lino conta que peça partiu de relatos reais
Sim. Ouvimos e coletamos histórias de mais de 100 porteiros. E eles gentilmente nos autorizam compartilhar essas histórias sem nos cobrar nada por isso. Foi o afeto que selou esse encontro desde o início.  Por isso meu compromisso e amizade com eles até hoje. Porteiros não pagaram para assistir ao filme não pagam para assistir ao espetáculo onde quer que eu esteja. Fiz amizades com muitos deles em todo Brasil e no dia do Porteiro nos falamos. Sigo ouvindo suas histórias e incorporando a peça sempre que algo me impacta. E haja causos bons e divertidos para contar.
4. Qual sobre a expectativa de trazer o espetáculo a Belém?
O Porteiro: Alexandre Lino fala da expectativa de se apresentar pela primeira vez em Belém
Sou um ator nordestino e tenho muito orgulho de minha origem desse Brasil que tem sua expressão máxima nas regiões norte e nordeste. Já viajei quase todo o país com teatro e por alguma razão do destino não havia chegado ao Pará. Isso sempre foi algo que sentia muito. Planejei uma temporada maior para novembro, por conta dos muitos pedidos para fazer a peça, mas tive que adiar vários lugares porque vou filmar o filme MARIDO DE ALUGUEL com Maurício Manfrini (Paulinho Gogó) e Cacau Protásio.  Consegui manter apenas Natal e a outra cidade que avisei que não abriria mão era Belém.Só em falar dessa cidade e tudo que ela representa me emociona. Sou muito amigo do cantor Vital Lima e do ator Wendell Bendelack, dois paraenses que admiro. Meu coração está numa alegria imensa de chegar nessa terra abençoada por Deus e por natureza. Estou muito feliz e com as maiores expectativas.
Serviço:
Temporada da peça “O Porteiro”, no Teatro Casa Saulo Sisnando, em Belém, nos dias 15 e 16, às 10h, e 17 de novembro, às 19h, com preços populares: plateia – R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada). Ingressos à venda no Sympla.

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