Julgamento acontece no STF por causa do foro privilegiado do deputado federal Chiquinho Brazão. Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão estão presos desde o fim de março sob a acusação de mandar matar a vereadora Marielle Franco (Psol).
Reprodução TV Globo
O Supremo Tribunal Federal cogita julgar ainda este ano os mandantes e mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes, segundo fontes que acompanham o processo.
O objetivo, porém, pode não ser cumprido caso eventuais diligências impeçam a conclusão do julgamento.
A Corte – que começou a ouvir os cinco presos em 27 de outubro – realiza o julgamento devido ao foro privilegiado de Chiquinho Brazão.
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São réus no processo:
Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime;
O delegado Rivaldo Barbosa, que seria o mentor do assassinato;
O ex-policial militar Robson Calixto, conhecido como Peixe, ex-assessor de Domingos Brazão e que, segundo as investigações teria ajudado a dar sumiço na arma do crime;
E o Major Ronald Paulo Alves Pereira, encarregado de monitorar a rotina da parlamentar, segundo a delação de Ronnie Lessa.
As audiências de instrução terminaram nesta terça-feira (29). Isso quer dizer que todas as partes foram ouvidas (testemunhas, defesa e acusação). E, conforme o trâmite processual, a defesa dos réus tem cinco dias para pedir diligências ao ministro relator.
Passada essa fase, o Supremo ouvirá as alegações finais da defesa e da acusação.
Encobrir o assassinato
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia Federal, os crimes estão ligados ao mandato do deputado Chiquinho Brazão, pois as tentativas dele de encobrir os assassinatos se prolongaram ao longo dos anos.
A PGR pediu para o STF solicitar à Polícia Federal que encaminhe eventuais relatórios de análise, que ficaram pendentes depois da operação que prendeu os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barboza, em 24 de março de 2024.
Relembre a operação que prendeu os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barboza.
Esses relatórios se assemelham às perícias em materiais apreendidos com os réus.