17 de novembro de 2024

Surfe pode virar Patrimônio Imaterial do Rio

Vereadores votaram e aprovaram nesta quarta-feira (21). Projeto vai para sanção do prefeito. Surfista caminha em direção ao mar agitado na Zona Sul do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (16)
Marcos Serra Lima/g1
Vereadores da cidade do Rio de Janeiro aprovaram um projeto de lei que torna o surfe um patrimônio imaterial do município, nesta quarta-feira (21). O texto vai para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.
O surfe estreou recentemente nos Jogos Olímpicos. A primeira competição da modalidade foi durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, onde o Brasil faturou a medalha de ouro com Ítalo Ferreira. Agora, nas Olimpíadas de Paris mais duas medalhas: o bronze, de Gabriel Medina; e a prata de Tatiana Weston-Webb.
O surfe hoje é um dos esportes náuticos mais praticados no mundo, cenário que não é diferente na cidade do Rio. A justificativa do projeto acrescenta ainda que a iniciativa tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da modalidade na cidade.
A cidade do Rio já recebeu diversas etapas do campeonato mundial de surfe desde os anos 1970. As praias do Postinho e do Pepê, na Barra da Tijuca, Grumari, também na Zona Oeste, e Arpoador, em Ipanema, são algumas delas. Já foram campeões em águas cariocas surfistas lendários como Filipe Toledo, Adriano de Souza (Mineirinho), Kelly Slater, John John Florence e Mick Fanning.
“O surfe merece esse reconhecimento. Vimos nas Olimpíadas de Paris a importância desse esporte, e o Rio é um celeiro de excelentes atletas”destaca o vereador Carlo Caiado, presidente da Câmara do Rio.
A ligação da cidade com o surfe envolve, inclusive, a fé. Isso porque o primeiro santo carioca pode ser um surfista. Guido Schäffer, médico e seminarista morto há 15 anos enquanto surfava no Recreio dos Bandeirantes, está em processo de beatificação e já recebeu do Vaticano, no ano passado, o título de venerável. A ele são atribuídos milagres e curas.

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