19 de outubro de 2024

Suspeito de matar segurança e atirar em criança de 10 anos não assume tiroteio e nega tentativa de roubar caminhão, diz polícia

Felype Barbosa da Silva, de 27 anos, prestou depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (17). Ele passou por audiência de custódia e vai continuar preso. Homem suspeito de começar tiroteio em bar no DF
O empresário Felype Barbosa da Silva, de 27 anos, prestou depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (17) sobre o tiroteio que matou um segurança de 23 anos e atingiu uma criança de 10 em um bar no Riacho Fundo II, no Distrito Federal, no domingo (13).
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De acordo com o delegado chefe adjunto da 29ª Delegacia de Polícia Sérgio Bautzer, o suspeito ficou em silêncio. No entanto, ele negou que tenha tentado roubar um caminhão guincho para fugir. Felype disse aos investigadores que ele fugiu a pé para o Recanto das Emas.
Segundo a Polícia Militar, após os disparos, o empresário rendeu o motorista do veículo, mas não conseguiu dirigir. Um vídeo de câmera de segurança mostra o momento em que Felype teria cometido o crime (veja vídeo abaixo). De acordo com o delegado da Polícia Civil, a corporação ainda não recebeu as imagens por meios oficiais e, por isso, não pode fazer o exame de comparação de imagens já obtidas pela perícia.
Vídeo mostra o momento em que suspeito tenta fugir com caminhão guincho.
Ainda no depoimento, o suspeito não falou sobre a origem da arma usada no crime nem sobre onde ela estaria. No entanto, ele fez uma descrição da pistola aos policiais. Felype deve, agora, conversa com o advogado sobre os atenuante de uma confissão extrajudicial, segundo o delegado.
O empresário foi preso na noite de segunda-feira (15) em um hotel, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do DF. Felype passou por audiência de custódia também nesta quarta-feira. A Justiça decidiu que ele deve permanecer preso.
Não queria pagar conta
Suspeito do crime, Felype Barbosa da Silva (à esquerda). Vítima que morreu no local, Jorny Thiago Abreu Adorno (à esquerda).
reprodução
O empresário começou a confusão porque não queria pagar a conta do bar. Ainda segundo o delegado Sérgio Bautzer, vários tiros foram disparados contra o segurança. Jorny Thiago Abreu Adorno, de 23 anos, morreu no local.
Bautzer afirma que ele tinha acabado de assumir o turno de outro funcionário que fazia a segurança da saída do bar. O corpo do segurança foi sepultado nesta terça-feira (15).
Segundo a família de Jorny Thiago Abreu Adorno, o jovem trabalhava como segurança para complementar a renda da família. Ele também era auxiliar de serviços gerais e sonhava em ser policial militar.
“Era um rapaz forte, tinha os sonhos dele, queria ser alguém na vida. Queria ter um carro bom, uma casa boa, e dar o melhor pra família, por ele ser o mais velho. Eu nunca mais vou ser a mesma. Tenho mais dois filhos, mas nenhum filho substitui o outro”, diz Joseanne Patrícia, mãe de Jorny.
Os tiros atingiram outras quatro pessoas:
um menino de 10 anos, que está internado na UTI do Hospital de Base;
a mãe do menino, que levou um tiro no pescoço;
uma mulher que levou um tiro de raspão;
uma mulher que ficou com uma bala alojada na perna;
uma mulher que ficou com uma bala alojada no braço.
👉 Como ocorreu o crime, segundo a Polícia Civil
O suspeito chegou ao bar no Riacho Fundo II por volta das 21h, com uma mulher e o primo dela;
No momento em que deveria passar por revista, Felype Barbosa da Silva chamou outro funcionário que — pelas imagens obtidas pela polícia — lhe deu um abraço, entregou a pulseira de consumação e o deixou entrar;
Enquanto esteve no bar, Felype circulou livremente pelo local — indo, inclusive, ao local onde são feitos os drinks, segundo a polícia;
Quando deixou o bar, o segurança Jorny Thiago Abreu Adorno, de 23 anos, chamou a atenção de Felype porque a comanda não havia sido paga, momento em que os disparos começaram;
Jorny foi atingido por diversos disparos e morreu no local;
Outros clientes foram atingidos pelos tiros: quatro mulheres e uma criança de 10 anos;
Felype descartou a arma no Riacho Fundo II, fugiu para o Recanto das Emas e, em seguida, para Valparaíso de Goiás;
Ele foi localizado pela Polícia Militar do DF e pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO).
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