17 de novembro de 2024

TCU decide que indicação de presidente da Previ obedeceu às regras, mas determina auditoria

Tribunal de Contas da União quer avaliar existência de ‘influências políticas’ nas decisões de investimento da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). TCU avalia que falta investimento e assistência às secretarias estaduais
TV Globo/ Reprodução
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (21) que a indicação do presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), João Luiz Fukunaga, obedeceu às regras da instituição.
“A despeito do comprovado açodamento das medidas relacionadas à indicação e nomeação do atual Presidente da Previ, Sr. João Luiz Fukunaga, não foi possível comprovar que os requisitos exigidos para a nomeação não tenham sido minimamente respeitados”, declarou o relator do processo, ministro Walton Alencar.
O TCU arquivou o processo, mas determinou que a área técnica faça um “levantamento” junto ao Banco do Brasil, Previ e Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
Os ministros querem, entre outros pontos, verificar “a existência de possíveis influências políticas ou de outros fatores externos que possam comprometer a objetividade e a tecnicidade das decisões de investimento da Previ”.
Segundo Alencar, há “alegações de desmonte da estrutura de controle existente antes da gestão atual”.
Federação cobra do Banco do Brasil explicações sobre a indicação do novo presidente da Previ
Entenda a disputa
A Previ é o fundo previdenciário dos aposentados e pensionistas do Banco do Brasil. É maior fundo de pensão da América Latina, administrando mais de R$ 270 bilhões.
Formado em História, Fukunaga é concursado do Banco do Brasil como escriturário desde 2008. Ele atuou como dirigente sindical no Sindicato dos Bancários de São Paulo.
O presidente da Previ assumiu o cargo em fevereiro de 2023, três depois de sua indicação pelo Banco do Brasil.
Na ocasião, a Previ afirmou que a habilitação do dirigente foi aprovada pela Previc depois de analisar seu currículo.
Em março do mesmo ano, a Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (FAABB) enviou uma representação ao Banco do Brasil cobrando explicações sobre os critérios para a nomeação de Fukunaga.
A entidade questionava sua experiência para exercer o cargo. Segundo norma da Previc, para dirigir o fundo, é preciso:
comprovar experiência de, no mínimo, três anos nas áreas financeira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização, de atuária, de previdência ou de auditoria;
possuir certificado emitido por instituição certificadora reconhecida pela Previc.

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