23 de setembro de 2024

Técnica usada na despoluição do Rio Sena em Paris será usada no Rio Iguaçu, no Paraná; veja como funciona

‘Jardins filtrantes’ utiliza plantas aquáticas para filtrar impurezas da água, entre elas matéria orgânica, medicamentos e hormônios. Sanepar anuncia projeto para despoluir Rio Iguaçu
O Rio Iguaçu, principal rio do Paraná, passará por um projeto de despoluição com uma técnica usada no Rio Sena, em Paris.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (11) pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
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A técnica se chama “jardins filtrantes” e utiliza plantas aquáticas que filtram impurezas da água, entre elas matéria orgânica, medicamentos e hormônios.
A despoluição faz parte do Reserva Hídrica do Futuro, projeto do Governo do Paraná e da Sanepar, que prevê a recuperação de 150 quilômetros de rios e formação de 1.800 hectares de parques entre a região da Serra do Mar e Porto Amazonas, nos Campos Gerais.
Como funcionará a despoluição?
As águas do Rio Iguaçu serão desviadas para lagos com os jardins filtrantes na região de cavas, entre Curitiba e São José dos Pinhais. No total, é uma área de 300 hectares, com capacidade para 2 bilhões de litros de água.
Lagos com os jardins filtrantes ficará na região de cavas, entre Curitiba e São José dos Pinhais
Artes/RPC
A região fica entre a Estação de Tratamento de Esgoto Atuba Sul e a Estação de Captação de Água Iguaçu, responsável por quase 25% da água que abastece Curitiba.
Com isso, conforme a Sanepar, a água chegaria até a estação de captação com melhores indicadores ambientais.
Porém, segundo a companhia, os efeitos da técnica são vistos a longo prazo e deve demorar cerca de 10 a 15 anos para mostrar resultado.
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Meio ambiente e sociedade
Técnica usada para despoluição do Rio Sena em Paris será usada no Rio Iguaçu, no Paraná
RPC
A Phytorestore, empresa responsável pelo projeto, é francesa e, no Brasil, já apresentou soluções socioambientais no Rio de Janeiro, São Paulo e Pará.
Cristiane Schwanka, presidente da empresa no Brasil, destacou ainda que além da questão ambiental, forma que a recuperação tem um aspecto social envolvido.
“É uma solução multifuncional, ou seja, é um parque que aproxima a população para entender, por meio da educação socioambiental, como que acontece essa requalificação, essa purificação das águas, e esse tratamento desse esgoto que ainda cai nos rios brasileiros”, afirma.
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