Autoridades estão preocupadas com o nível de poluição do ar em Rio Branco e Porto Velho. Incêndios florestais deixam Porto Velho e Rio Branco imersas em uma densa camada de fumaça
Na Região Norte, no Acre e em Rondônia, o tempo seco prolongado provoca um número altíssimo de focos de incêndio.
O volumoso e forte Rio Madeira definhou. Sem chuva, o nível do rio atingiu a menor cota em 60 anos. Pelo caminho do maior afluente do Amazonas, muitos pedrais e bancos de areia, prejudicando a navegação e afetando cerca de 400 famílias ribeirinhas.
Além da seca do Rio Madeira, a falta de chuva potencializa também os incêndios na floresta. De acordo com o Inpe, só em 2024, foram registrados mais de 5 mil focos em Rondônia, a maioria criminosa, segundo as autoridades. Só no domingo (25), foram 215. É tanto fogo que o céu de Porto Velho está encoberto há semanas por uma densa cortina de fumaça.
“Até as pessoas que não têm problema respiratório estão tendo dificuldade, porque está insuportável”, diz uma moradora.
Os focos se concentram em Porto Velho e na região norte do estado. No município de Urupá, agricultores se arriscam para conter as chamas. Em Jaru e Ji-Paraná, também foram registrados grandes incêndios. De acordo com o Ibama, a situação é muito preocupante.
“O número de brigadistas não é suficiente, e apoio aéreo. Há a necessidade de decretarmos o estado de emergência, porque nós estamos vivendo um estado de calamidade pública”, afirma Reinaldo Ribeiro, meteorologista Censipam.
Tempo seco prolongado provoca número altíssimo de focos de incêndio no Acre e em Rondônia
Jornal Nacional/ Reprodução
Nem o vento frio que veio do Sul do país e derrubou a temperatura conseguiu afastar a fumaça de Porto Velho.
As autoridades estão preocupadas com o nível de poluição do ar em Porto Velho e também na capital do Acre. Em Rio Branco, segundo o Inpe, no período de 1º de agosto até domingo (25), foram registrados pouco mais de 1.300 focos de incêndio, mais que o dobro do mês de julho. E não há previsão de chuva.
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