O alvo era um comandante do grupo extremista Hezbollah, em resposta à morte de crianças e adolescentes nas Colinas de Golã no sábado (27). Israel ataca Beirute e tem como alvo um comandante do Hezbollah
A tensão no Oriente Médio teve um novo capítulo nesta terça-feira (30), com o ataque israelense à capital do Líbano. O alvo foi um comandante do Hezbollah, que Israel afirma ter sido responsável pela morte de 12 jovens nas Colinas de Golã no sábado (27).
Moradores ouviram a explosão por volta das 19h40 no horário local. O bairro de Haret Hreik, no sul de Beirute, é um reduto do Hezbollah. O alvo foi Fuad Shukr. Um comunicado oficial das Forças de Defesa de Israel informou que ele morreu na explosão.
Fuad é considerado o número dois do grupo extremista e um dos mentores de um atentado à base dos Estados Unidos em Beirute em 1983, com mais de 200 americanos mortos. O Exército de Israel diz que Fuad é o responsável pelos disparos contra as Colinas de Golã, que pertenciam à Síria e foram ocupadas pelos israelenses depois da guerra de 1967. O grupo extremista nega a autoria.
A tensão na região cresceu depois do ataque que aconteceu no sábado (27). O ataque aconteceu em um campo de futebol na cidade de Majdal Shams, que fica nas Colinas de Golã. O ataque com o foguete matou 12 crianças e adolescentes da comunidade local drusa.
Desde sábado (27), o governo de Israel vinha prometendo uma resposta dura ao ataque – o mais mortal disparado na região em meses de hostilidades com Hezbollah, aliado dos terroristas do Hamas em Gaza. Minutos depois da explosão em Beirute, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse, em uma rede social, que o Hezbollah cruzou a linha vermelha.
O governo do Líbano condenou a ofensiva, que chamou de um ato criminoso, e afirmou que planeja registrar uma reclamação formal nas Nações Unidas. A Rússia, o Irã, o Hamas e os rebeldes houthis, do Iêmen, também condenaram o ataque.
A Casa Branca disse acreditar que a guerra entre Israel e Hezbollah pode ser evitada. Desde sábado (27), os americanos vêm buscando uma solução diplomática para impedir uma escalada da violência.
Na cidade em Golã, horas antes da explosão no Líbano, havia um clima de tristeza e esperança. O druso Wahweb pediu que a guerra acabe em todos os lugares do mundo.
LEIA TAMBÉM
Netanyahu reafirma que ataque na região conhecida como Colinas de Golã terá resposta severa
Ataques de Israel deixam mais de 50 mortos na Faixa de Gaza