10 de outubro de 2024

Terras caídas: Defesa Civil realiza visita na comunidade Aninduba e moradores relatam prejuízos

Nesta manhã, os pescadores se reuniram para resgatar os barcos levados pelo barranco que desabou e avaliar os danos. Comunidade Aninduba sobre o fenômeno de ‘terras caídas’
Victor Ribeiro/ TV Tapajós
Na tarde quarta-feira (09), a comunidade Aninduba, na região de Arapixuna, em Santarém, no oeste do Pará, foi novamente atingida pelo fenômeno das terras caídas. Nesta quinta-feira (10), a Defesa Civil visitou os moradores para cadastrar famílias que vivem em áreas de risco e fornecer orientações importantes sobre os cuidados necessários diante da situação.
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Além do porto, o fenômeno levou pequenas embarcações conhecidas como bajaras, um barracão e até alguns animais. Nesta manhã, os pescadores se reuniram para resgatar os barcos levados pelo barranco e avaliar os danos.
A Defesa Civil Municipal cadastrou as famílias que vivem em áreas de risco, um total de 10. A agente Daniele Carreiro, que esteve no local destacou a importância da visita.
Pescadores avaliaram prejuízos
Victor Ribeiro/ TV Tapajós
“Os pescadores que perderam suas bajaras, suas canoas e também até animais foram atingidos e até o momento não foram encontrados. Então, mais ou menos, essas perdas aí já foi tudo calculado. E agora vamos realizar mais o cadastro dessas famílias e de outras pessoas que moram aqui nos redores, para poderem fazer esse levantamento e chegar a um consenso”, disse.
No total, 140 famílias vivem à margem do rio Amazonas na comunidade Aninduba, e essa não é a primeira vez que enfrentam as consequências das terras caídas. Em 2013, o mesmo fenômeno derrubou casas e destruiu várias embarcações.
“Em 2013, aconteceu uma, só que foi em média proporção, nada comparado a este ano, que a gente está observando que já teve bastante avanço aí, que é preocupante para a gente da Defesa Civil. É preciso verificar essa questão de risco e fazer o levantamento mesmo, porque esse fenômeno de terras caídas é ação da natureza”, explicou a agente da Defesa Civil.
Defesa Civil realiza visita na comunidade Aninduba
Victor Ribeiro/ TV Tapajós
A presidente da associação de moradores do Aninduba, Gabriele Santos, destacou a preocupação da comunidade e sobre os prejuízos que os pescadores tiveram por conta do fenômeno.
“No primeiro momento não foi feito tanta coisa, o que eles puderam fazer foi tentar resgatar as embarcações, bajaras, rabetas, canoas, que estavam indo pro fundo. E até agora pela parte da manhã ainda conseguiram resgatar algumas, mas todas quebradas. A nossa comunidade fica situada na margem do Rio Amazonas. Dessa última vez, que aconteceu ontem, já ficou uns 30 metros, 20 metros da estrada, da rua da comunidade. Então isso é uma preocupação para nós moradores, o que pode acontecer, porque são coisas da natureza. A gente não sabe o momento que pode vir acontecer algo pior”, enfatizou a presidente da associação.
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