21 de setembro de 2024

Testemunha conta à polícia que o homem que matou motorista de aplicativo em São Paulo tinha bebido

Depoimentos ajudam a polícia a reconstruir as horas que antecederam o acidente, na madrugada de domingo (31), na Zona Leste da capital paulista. Testemunha diz em depoimento à polícia que o homem responsável pela batida que matou um motorista de aplicativo bebeu antes de dirigir
Em São Paulo, uma testemunha disse à polícia que o homem responsável pela batida que matou um motorista de aplicativo tinha bebido antes de dirigir.
Os depoimentos ajudam a polícia a reconstruir as horas que antecederam o acidente, na madrugada de domingo na Zona Leste de São Paulo. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento que um carro esportivo da marca Porsche bateu forte na traseira do veículo de um motorista de aplicativo. Ornaldo Viana dos Santos, de 52 anos, foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital.
A noite do motorista do outro carro, Fernando Sastre de Andrade Filho, começou em um restaurante com a namorada e um casal de amigos.
Em depoimento à polícia, a namorada do amigo contou que eles jantaram, beberam alguns drinks e decidiram ir a uma casa de poker. Disse também que, na hora de ir embora, Fernando parecia alterado e discutiu com a namorada que não queria que ele dirigisse, e que Fernando não quis deixar outra pessoa dirigir seu carro.
Imagens mostram Fernando e os amigos ao lado do Porsche, no momento da discussão com a namorada. Foi quando o amigo se dispôs a ir junto com Fernando, enquanto as duas mulheres seguiram em outro carro, logo atrás. A testemunha disse que, em um dado momento, Fernando acelerou e elas perderam o carro de vista. Quando ligou para o namorado, ouviu dele que tinham sofrido um acidente.
A dona da casa de poker também falou com a polícia. Contou que Fernando não vai com frequência. Disse que, no sábado, o grupo ficou no local por mais ou menos 3 horas. A casa cobra entrada e libera o bar, mas a empresária não soube dizer se Fernando ingeriu bebida alcoólica. O amigo de Fernando está na UTI, sem previsão de alta.
Na madrugada do acidente, Fernando não fez o teste de bafômetro. Os policiais militares que atenderam a ocorrência contaram que a mãe dele, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, disse que o levaria ao hospital por causa de um ferimento. Os policias foram até o hospital, mas mãe e filho não tinham passado por lá. Fernando só se apresentou à polícia no dia seguinte.
No depoimento, os PMs não explicam porque o teste do bafômetro não foi feito no local, nem se Fernando apresentava ou não sinais de que havia tomado bebida alcóolica. Carine Garcia, advogada de Fernando, disse que o acidente foi uma fatalidade e que ele dirigia acima da velocidade.
“Ele estava acima, mas ele não consegue dizer o quanto ele estava acima. Existem as circunstâncias que uma pessoa pode assumir o risco, existe, mas a Justiça vai ver isso, se foi o caso ou não. Ele falou que não bebeu”, diz a advogada.
Testemunhas que viram o acidente disseram que o empresário estava cambaleando, com voz pastosa e sinais de embriaguez.
A Polícia Militar de São Paulo abriu uma sindicância sobre a conduta dos policiais.
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