Animal foi baleado pelo dono de um estabelecimento na Taquara. O animal pertencia a um homem em situação de rua. Testemunha diz que não viu sem-teto ser agressivo durante discussão que acabou com cachorro morto no Rio
Uma motorista que passava pela Rua dos Radialistas, na Taquara, Zona Oeste do Rio, enquanto um cachorro era baleado, nesta quinta-feira (7), afirma que não viu o tutor do animal ser agressivo durante a discussão com o autor dos disparos.
“O dono do cachorro não estava na porta do estabelecimento, mas sim na lateral, como sempre faz. O dono do bar passou em frente ao meu carro e voltou com a arma em punho. Ele foi na direção dos cachorros, brigou mais um pouco, e atirou no animal”, conta Rafaely Nascimento.
Moradores contaram que o dono de um estabelecimento atirou no animal, que pertencia a um homem em situação de rua, durante uma discussão. A briga teria começado por causa da presença do homem com cachorros na marquise do comércio.
Durante o bate-boca, o animal teria mordido o dono do bar, que buscou uma arma e disparou no bicho. O cachorro morreu durante a cirurgia para retirar o projétil.
Um vídeo mostra que o homem ficou sentado no meio da rua tentando ajudar o companheiro de quatro patas. Uma senhora, de muletas, parece chorar com a situação.
Alguns moradores disseram que a briga seria por conta da sujeira na porta do comércio. Outros, que o homem já tinha usado os cães para ameaçar pessoas anteriormente. Desde a briga, o bar não reabriu.
Parentes do dono estiveram no local nesta sexta, mas não quiseram gravar entrevista.
O local do crime fica a 2 quilômetros do 18º BPM (Jacarepaguá), e policiais militares foram ao local para checar a denúncia de maus tratos a animais, mas o autor já tinha fugido do local.
De acordo com a Polícia Civil, o dono do cachorro foi ouvido e o caso registrado na 32ª DP (Taquara).
“Os agentes estão em busca de informações, testemunhas e possíveis imagens que registraram o fato. Demais diligências serão realizadas para confirmar a identificação do autor e esclarecer o ocorrido”, afirma a pasta.
O caso é acompanhado pela Comissão de Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).