31 de janeiro de 2025

‘Teve gente que deixou comida no forno, foi à imigração e acabou deportado’, diz repórter


O jornalista Fabiano Villela acompanhou, em Confins, a chegada de 84 brasileiros que vieram em voo fretado dos Estados Unidos no último sábado. Ele falou sobre os bastidores da cobertura no podcast Gerais no g1. Os 84 brasileiros que chegaram no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana, no sábado (25), conseguiram trazer poucos pertences. Muitos tinham casa própria e até empresas nos Estados Unidos, mas, como viviam ilegalmente, acabaram sendo deportados.
O jornalista Fabiano Villela acompanhou a chegada destas pessoas e contou no podcast Gerais no g1 aos bastidores desta cobertura.
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Segundo ele, uma família tinha deixado a comida no forno quando recebeu um aviso para comparecer ao escritório de imigração americana. O casal tem um filho autista e tinha sido informado que o governo daria um tratamento a ele. Porém, quando chegaram ao local, foram presos.
“Teve também um caso de um senhor que me pediu ajuda. Ele estava com a roupa do corpo e não sabia como sair do terminal, o que fazer a partir daquele momento”, contou Fabiano.
O podcast também ouviu a advogada e presidente da Comissão de Direito Internacional da OAB em Minas Gerais, Lorena Bastianetto. Ela falou sobre a legislação que rege a questão dos deportados. (Ouça acima para saber mais)
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Jornal Nacional/ Reprodução
Segundo a Polícia Federal, o uso de algemas em imigrantes é uma praxe em voos fretados dos EUA para repatriação, mas elas são retiradas ao pousar no Brasil, pois os deportados não são prisioneiros.
No voo com escala em Manaus, houve um desentendimento com a tripulação devido ao calor, e os deportados abriram uma porta de emergência e desembarcaram por uma ponte inflável ainda algemados.
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