O prefeito da cidade de Granjeiro, João Gregório Neto, foi morto a tiros enquanto caminhava. O crime aconteceu em 2019. Prefeito de Granjeiro foi assassinado a tiros nesta terça-feira (24).
Reprodução/Prefeitura de Granjeiro
José Plácido da Cunha, tio do ex-vice-prefeito de Granjeiro foi preso, nesta sexta-feira (28), suspeito de participar na morte de João Gregório Neto, o João do Povo, que era prefeito do município. O ex-prefeito foi assassinado enquanto caminhava no município, em 2019. Um dos suspeitos do caso é o ex-vice dele, que concorreu na mesma chapa, Ticiano Félix da Fonseca.
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O tio de Ticiano foi capturado em Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza. Ele tem 57 anos e é suspeito de participação no crime, conforme trabalhos investigativos coordenados pela Delegacia Regional de Crato.
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Após a captura, José Plácido foi conduzido para o DHPP, onde o mandado de prisão foi cumprido. Agora, ele está à disposição da Justiça. Com essa prisão, todos os 12 suspeitos envolvidos no crime foram capturados.
Vice-prefeito de Granjeiro, Ticiano Tomé
Divulgação/Prefeitura de Granjeiro
Réus pela morte de prefeito
Dez pessoas se tornaram rés pelo assassinato do prefeito de Granjeiro. Entre eles, estão o ex-vice-prefeito da cidade, Ticiano da Fonseca Félix, o “Ticiano Tomé”, que assumiria a prefeitura municipal de Granjeiro após o homicídio; o pai dele, Vicente Félix de Sousa, “Vicente Tomé”, que já foi prefeito do município; e o tio, José Plácido da Cunha. Os três foram apontados como autores intelectuais do crime.
Documentos e aparelhos celulares encontrados em endereços do pai do prefeito de Granjeiro afastado também foram apreendidos e analisados na época pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Julgamento do caso Granjeiro tem 10 acusados
A Justiça decidiu levar a julgamento 10 acusados de matar o prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, o “João do Povo”, assassinado em dezembro de 2019, enquanto caminhava próximo à parede do Açude Junco. A sentença de pronúncia foi proferida pela Vara Única da Comarca de Caririaçu, na Região do Cariri, na última segunda-feira (17). O julgamento ainda não tem data prevista.
O ex-policial militar Mayron Myrray Bezerra Aranha, que teria coordenado o homicídio, também é um dos réus. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) demitiu o agente de segurança em maio de 2020. O cabo da PM é apontado como coordenador da execução do plano que levou a morte do prefeito.
Em agosto de 2020, o Poder Judiciário aceitou denúncia contra 17 pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de João Gregório. A ação penal por homicídio qualificado tramita em segredo de Justiça.
Prisão domiciliar
Vicente Tomé, acusado da morte do prefeito de Granjeiro, João do Povo, deixa prisão.
Arquivo pessoal
Vicente Félix de Sousa saiu da cadeia em fevereiro de 2021 e passou a cumprir prisão domiciliar. Ele estava preso na Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC). Vicente passou a cumprir prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica em cumprimento a uma decisão judicial.
Vicente foi prefeito de Granjeiro por duas vezes. Em 2014, a Justiça o condenou por desvios na saúde e na educação, e o tornou inelegível por seis anos. Foi Vicente quem indicou o filho Ticiano, que nunca tinha sido nem vereador, para ser vice na chapa de João do Povo.
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