Ao fazer registro em delegacia, torcedor citou agressões de seguranças. Em nota, clube disse que advertiu responsáveis, mas que Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF não autoriza prática. Bandeira da Palestina usada por torcida comunista do América se transformou em caso de polícia
Reprodução
Um torcedor do América denunciou que foi tirado à força de dentro do estádio do clube após seguranças pedirem para que uma torcida organizada, conhecida como Anarcomunamérica, retirasse o material da torcida e uma bandeira da palestina do estádio de Édson Passos, em Mesquita, na Baixada Fluminense.
O caso, que aconteceu no dia 2 de junho, parou na 53ª DP (Mesquita). Na delegacia, o torcedor afirmou que foi agredido com socos, chutes, e depois foi jogado ao chão, inclusive levando chutes ainda caído ao chão. O caso foi suspenso.
Reprodução de vídeo mostra torcedor sendo levado para fora de estádio com mata-leão por seguranças do América
Reprodução
Os integrantes da torcida Anarcomunamérica, alegam que sofreram censura, e que uma lei estadual de 2020 afirma que “fica assegurado a todo cidadão o direito a livre manifestação dentro dos estádios e outros ambientes esportivos, quando da ocorrência de eventos esportivos abertos ao público”.
Nota do clube
O América, em nota nas suas redes sociais, lamentou que a situação tenha ocorrido, e que identificou e advertiu os responsáveis pelo ocorrido.
O documento ainda diz que o clube deixa claro que “a violência e a truculência não se coadunam com as práticas do clube e de seus dirigentes no trato com qualquer um de nossos apaixonados torcedores”.
Porém, na mesma notificação, o clube afirma que a torcida não tem autorização para ser chamada de torcida organizada, e que não pode utilizar qualquer material relacionado ao América Football Club.
O clube também argumenta que, segundo o Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF, “não é permitida a presença de bandeiras, slogans ou qualquer tipo de conteúdo de natureza política na torcida”.