Cunhada afirma que Maria Aparecida Alves, de 22 anos, não conhecia o suspeito Edilson Martins de Oliveira, de 34. Jovem foi morta em Aguaí e corpo será enterrado em Mauriti (CE). Maria Aparecida Pereira Alves foi assassinada pelo vizinho em Aguaí
Reprodução/Facebook
Trabalhadeira e sempre com um sorriso contagiante. É assim que cunhada de Maria Aparecida Pereira Alves, morta esganada pelo vizinho, descreve a jovem de 22 anos que há quatro morava em Aguaí (SP).
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O corpo de Maria foi encontrado na madrugada de quarta-feira (2) em um dos cômodos da casa em que ela morava na Vila Regina. O autor do crime, Edilson Martins de Oliveira, de 34 anos, foi preso com um facão após tentar fugir.
Oliveira já tinha assassinado outras três pessoas. Entre as vítimas está uma mulher que foi degolada, em Itobi (SP), no carnaval de 2013.
Segundo a Polícia Civil, ele é “extremamente agressivo” e umas das linhas de investigação é que o crime de Aguaí tenha sido cometido por ódio.
O corpo da jovem será translado para Juazeiro do Norte (CE) na noite desta sexta-feira (4). De lá, seguirá para Mauriti (CE), distante a 75 km, onde deverá ser velado e sepultado no sábado (5).
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Vítima não conhecia o vizinho
Edilson Martins de Oliveira foi preso suspeito de assassinar mulher em Aguaí
Sagui Florindo/Gazeta de Aguaí
Em entrevista ao g1 na quinta-feira (3), a cunhada da vítima, Lidilania da Silva Santos, de 32 anos, contou que Maria nunca teve contato com o vizinho, que havia se mudado há pouco tempo para a Rua Vereador Jose Bordin, ao lado da casa de número 153, onde ela morava.
“Ela não o conhecia, não tinha convívio, diálogo, nada. Uma vez chegou a comentar que achou estranho a mudança ter acontecido à noite. Ela disse que mal o via, que ele não saía, achava que não trabalhava, que para ela era uma situação meio estranha”, contou.
De acordo com a cunhada, Maria tem oito irmãos, sendo cinco mulheres e três homens. A mãe mora em Mauriti (CE) e o pai morreu há nove anos.
Três irmãos e uma irmã foram tentar a vida em Aguaí. Maria vivia sozinha na casa alugada e, segundo a cunhada, isso pode ter facilitado o ataque do criminoso durante a noite.
“Uma vizinha me contou que ele desligou o relógio da energia elétrica e a casa ficou tudo no escuro. Eu acho que ela deve ter aberto a porta para poder ver o que tinha acontecido e nesse momento ele entrou”, disse.
Quando o crime aconteceu, os irmãos da jovem estavam bem distantes da cidade, trabalhando na colheita de abacates em Minas Gerais.
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Trabalho, sorrisos e sonhos
Maria trabalhava em uma tecelagem das 22h às 6h. Durante o dia, ajudava a cuidar da sobrinha para que a irmã pudesse trabalhar.
Lidilania disse que viu a cunhada pela última vez na segunda-feira (30). Na terça (1º), elas conversaram por telefone à tarde. Maria estava formando um grupo de colegas para aproveitar o próximo sábado (5) na piscina.
A cunhada disse que a jovem estava em um momento muito feliz. Os sonhos a médio e longo prazo eram fazer um curso de bombeiro civil e também economizar para comprar a casa própria. Solteira e sem filhos, Maria não tinha namorado e gostava muito de sair.
“Ela falava que tinha que trabalhar, mas também curtir a vida. Gostava muito de música, amava dançar forró. Ela era muito alegre e extrovertida. Já chegava na porta me chamando, sorrindo. Não tem como esquecer”, disse.
Segundo a cunhada, a jovem iria aproveitar as férias de dezembro para ir ao Ceará visitar, a mãe, a família e os dois sobrinhos recém-nascidos.
Maria Aparecida Pereira Alves foi assassinada em Aguaí
Reprodução/Facebook
Tentativa de fuga e prisão
De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, uma equipe foi acionada para prestar apoio à Guarda Civil Municipal (GCM) sobre um possível homicídio na Rua Vereador José Bordin.
Segundo a GCM, um irmão contou que o suspeito ligou para ele e disse que havia acabado de cometer o crime.
Equipes da GCM, PM do SIG foram ao local e encontraram o homem com o corpo coberto de sangue e segurando um facão. O suspeito tentou fugir, subindo pelos telhados das casas.
Os policiais montaram um cerco e fizeram buscas pelos arredores, incluindo telhados e terrenos baldios nas proximidades do local do crime.
Mulher é morta dentro de casa em Aguaí
Sagui Florindo/Gazeta de Aguaí
Durante as diligências, os policiais foram informados por um vizinho que a moradora de uma casa ao lado, que trabalhava em uma empresa local, não havia sido vista naquele dia.
Ao verificar a residência, a equipe observou que a porta estava aberta e as luzes apagadas, o que levantou suspeitas. Diante disso, foi necessário entrar na casa, com a presença de um parente do suspeito.
Dentro da residência, a equipe encontrou marcas de sangue no chão e, no último cômodo, localizou o corpo de uma mulher. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local.
Após os policiais encontrarem o corpo, as buscas pelo suspeito foram retomadas. Ele foi localizado em uma casa vizinha e tentou fugir novamente.
O suspeito foi contido com o apoio da GCM, sendo necessário o uso de força devido ao seu estado de agressividade e risco que representava.
Mulher é morta dentro de casa em Aguaí
Sagui Florindo/Gazeta de Aguaí
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