José Carlos Miranda, de 64 anos, e Deborah Vilas Boas da Silva, de 27 anos, morreram após ficarem na linha de tiro de PMs que foram impedir um roubo a uma moto. Um suspeito também foi atingido. Trabalhador morto durante assalto na saída da Linha Amarela tinha medo da cidade, diz irmão
Arquivo pessoal
O montador de esquadrias de alumínio José Carlos Miranda, de 64 anos, morto após ser baleado durante uma tentativa de assalto na Saída 6 da Linha Amarela, em Higienópolis, Zona Norte do Rio de Janeiro, tinha medo da violência no Rio. A afirmação é de seu irmão Gilmar Miranda, de 56 anos.
“Não tem luz no fim do túnel. Todo dia tem casos como esse e as autoridades não tomam atitude. Ele não será o último. A criminalidade tomou conta de forma geral e as autoridades estão amarrada”, comentou Gilmar.
“Vemos isso tudo com muita indignação. Ele falava sempre da violência e tinha muito medo desta cidade”, lamentou o irmão de Jose Carlos.
Segundo seu irmão, José saia de casa, em Saracuruna, bairro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, todos os dias às 4h. Ele trabalhava como montador de esquadrias de alumínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Conhecido como Mirandão, José Carlos era casado e não deixou filhos.
Luzivaldo José dos Santos, irmão de criação de José Carlos, contou ao g1 que na última semana a família estava reunida para uma confraternização em Piabetá, em Magé, também na Baixada Fluminense.
Segundo ele, José estava bem e prometeu voltar a reunir todos os parentes no próximo dia 30.
“Após muito tempo, ele veio aqui em Piabetá, fez uma confraternização e voltaria no dia 30 para outro futebol. Mas, infelizmente, aconteceu essa fatalidade. Estamos sentindo muito essa calamidade”, lamentou Luzivaldo.
Empresa lamenta morte de funcionária
José Carlos morreu na manhã desta terça-feira (18), quando foi baleado durante uma tentativa de assalto na Saída 6 da Linha Amarela. Na mesma ocorrência, Deborah Vilas Boas da Silva, de 27 anos, também acabou baleada e morreu.
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Deborah Vilas Boas da Silva, de 27 anos, foi baleada durante uma tentativa de assalto na saída da Linha Amarela.
Reprodução redes sociais
Deborah trabalhava na clínica Gastromed, na Barra da Tijuca. No início da tarde desta terça, a empresa fez uma postagem lamentando a morte de sua funcionária.
“Toda a nossa equipe está em choque. Nossa funcionária das mais antigas, Déborah Vilas Boas, uma profissional muito competente, dedicada, alegre e atenciosa, foi atingida por uma bala perdida e nos deixou”, dizia a nota.
“Estamos consternados, sem palavras. O que nos resta é fazer uma homenagem à Deborah, pedindo a Deus que cuide de sua família, extensão da nossa. Nunca te esqueceremos, Déborah, você sempre foi luz e amor”, publicou a clínica em suas redes.
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Eles ficaram na linha de tiro depois que PMs foram impedir um roubo a uma moto, onde estava um casal de amigos. Eles contaram que foram rendidos por pelo menos 4 bandidos a bordo de um CRV. Um dos ladrões portava um fuzil.
Policiais do 22º BPM (Maré) flagraram o ataque à moto e reagiram. Houve confronto.
Os ocupantes da moto nada sofreram, mas disparos atingiram Deborah, que estava em um ponto de ônibus, e José Carlos, embarcado num coletivo da linha 315 (Recreio-Central). A janela traseira do veículo ficou destruída. Deborah tinha recentemente celebrado os 7 meses da filha.
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Duas pessoas morreram em tentativa de assalto na Linha Amarela
Betinho Casas Novas / TV Globo
Um dos assaltantes, Alexsandro de Andrade Venâncio, de 24 anos, foi baleado e internado sob custódia. Os outros 3 conseguiram fugir.
O casal que estava na moto foi fazer registro de ocorrência na 21ª DP (Bonsucesso).
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