Desaparecimento registrado no dia 24 de novembro de 2024, em Palestina (SP), completa três meses nesta segunda-feira (24). Maria Elisabeth Ramos de Carvalho acredita que o filho, Edson Ramos, tenha batido a cabeça, perdido a memória e sido resgatado por pescadores. Bombeiros procuram jovem que foi arrastado em cachoeira de Paulista (SP)
A mãe do jovem de 25 anos que desapareceu ao ser arrastado pela correnteza na Cachoeira do Talhadão, em Palestina (SP), acredita que irá encontrar o filho vivo. O desaparecimento dele foi registrado no dia 24 de novembro do ano passado e completa três meses nesta segunda-feira (24).
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Edson Ramos, morador de Olímpia (SP), foi visto sendo arrastado pela força das águas do Rio Turvo e, em seguida, sumiu. Uma turista filmou o momento em que o jovem desaparece rapidamente (assista acima).
Pelas imagens é possível ver o momento em que o jovem tenta lutar contra a força da água. Naquele trecho da queda, a correnteza é muito forte e a água é escura. A cachoeira é uma atração turística do distrito de Duplo Céu e atrai visitantes de diferentes cidades do noroeste paulista.
Área da Cachoeira do Talhadão, em Palestina (SP), onde Edson Ramos (no detalhe), de 24 anos, foi arrastado por correnteza e desapareceu
Reprodução/TV TEM | Arquivo pessoal
Depois de 14 dias, os bombeiros encerraram as buscas por ele. A correnteza forte, segundo o tenente Guilherme Pavan, inviabilizava o uso de embarcações e impedia o trabalho dos mergulhadores no local.
À reportagem, os bombeiros confirmaram que, agora, as buscas serão retomadas somente caso alguma pessoa encontre vestígios e acione a equipe.
Edson Ramos, de 24 anos, que sumiu na Cachoeira de Talhadão, em Duplo Céu, distrito de Palestina (SP)
Arquivo pessoal
Na ocasião, o jovem participava de um retiro com um grupo de amigos da igreja. Ao g1, a mãe dele, Maria Elisabeth Ramos de Carvalho, de 48 anos, disse que acredita que o filho tenha batido a cabeça, perdido a memória e sido resgatado por pescadores da região.
Conforme a mulher, Edson não tinha problemas de saúde e sabia nadar, além de já ter visitado o local outras vezes com o grupo de amigos. Por isso, ela se mantém firme nas crenças de que o filho está vivo e de que vai reencontrá-lo.
“Por nenhum momento, eu senti que ele fez a passagem desta vida para outra. Meu filho está vivo e eu vou encontrar ele. Meu filho não está na água e eu não vou sossegar até encontrar meu filho”, enfatiza Elisabeth.
Maria Elisabeth Ramos de Carvalho, ao lado do filho Edson Ramos, que foi arrastado pela correnteza em Palestina (SP)
Maria Elisabeth Ramos de Carvalho/Arquivo pessoal
Além das buscas oficiais dos bombeiros, moradores da região e pescadores estão colaborando com a procura por Edson. À medida que os meses passam sem notícias do jovem, a mãe luta contra a batalha da dúvida, mas se recusa a desistir.
A mulher tem mais três filhos, de oito, 14 e 22 anos. Segundo ela, a família está abalada. Entretanto, mesmo diante das adversidades, Maria espera que o filho retorne para casa em segurança, e anseia pelo momento do reencontro.
“Eu diria que eu amo ele até o fim da minha vida. É um amor que não tem explicação, só quem é mãe de verdade sabe que é duro o sofrimento. Como dói… Eu não estou vivendo, estou passando pela vida. É horrível saber que anoitece e ele continua desaparecido”, lamenta a mãe.
Sequência de imagens mostra momento em que jovem, agarrado à margem da Cachoeira do Talhadão, em Palestina (SP), é arrastado pela correnteza ao longo do Rio Turvo
Arquivo pessoal
Área de risco
A área ao redor da Cachoeira do Talhadão não tinha avisos de risco de afogamento para os banhistas. A constatação foi feita pela equipe da TV TEM em 26 novembro de 2024. A prefeitura disse que placas foram colocadas no local, mas sumiram.
Os bombeiros alertam as pessoas para evitarem entrar na água em lugares de forte correnteza, como na Cachoeira do Talhadão. A orientação para aqueles que desejam se banhar é para que priorizem a segurança e procurem áreas próprias, dentro de clubes, ou com a presença de salva-vidas.
Oito dias após o jovem desaparecer, a Cachoeira de Palestina recebeu placas com aviso de risco de afogamentos. Em 2 de dezembro, a prefeitura esclareceu que foram instaladas placas de maneira provisória na área onde o banhista desapareceu.
O objetivo, conforme a nota, é garantir a segurança das pessoas que visitam o local, enquanto a sinalização definitiva é providenciada.
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