Julgamento foi de mãe, três filhos e um funcionário do depósito que o auditor realizava inspeção quando foi morto. Três réus foram condenados e dois foram absolvidos do assassinato do auditor fiscal João de Assis, ocorrido em 2022, em Maceió. O julgamento começou na quinta-feira (31) e terminou na noite dessa sexta-feira (1).
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Veja as sentenças:
Absolvido: João Marcos Gomes Araújo, primeiro a ser preso: confessou que presenciou o assassinato, mas não fez nada para impedir porque, segundo seu advogado, teria ficado muito assustado;
Condenado a 41 anos e 23 dias de reclusão e multa: Ronaldo Gomes de Araújo, segundo a ser preso, irmão de João e Ricardo: confessou à polícia que cometeu o assassinato e acusou a vítima de tentar extorqui-lo durante uma fiscalização ao mercadinho dele;
Condenado a 41 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão e multa: Ricardo Gomes de Araújo, terceiro a ser preso, irmão de Ronaldo e João: segundo a polícia, imagens de câmeras de segurança mostram que ele deixou o estabelecimento da família dirigindo o carro da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e parou em um posto de combustíveis para comprar gasolina, possivelmente usada para colocar fogo no corpo de Assis. Testemunhas que foram ouvidas confirmaram os fatos.
Absolvida: Maria Selma Gomes Meira, mãe de João Marcos, Ronaldo e Ricardo: confessou ter limpado a cena do crime e dirigido o carro até o local onde o veículo da Sefaz foi deixado, mas negou participação direta no homicídio;
Condenado a 40 anos e 11 meses de reclusão e multa: Vinicius Ricardo de Araújo Silva, funcionário do mercadinho, foi a quinta pessoa presa: confessou ter participado da ocultação do cadáver, mas negou envolvimento no assassinato.
Quem era João de Assis
‘Ele era apaixonado pelo o que fazia’, diz viúva de auditor fiscal
João de Assis Pinto Neto estava prestes a completar 63 anos quando foi assassinado. Ele era natural do estado de Minas Gerais, mas há pelos menos 20 anos trabalhava em Alagoas.
Casado, pai de um casal de filhos, sendo um deles um tenente da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL), o auditor fiscal da Receita Estadual ingressou na Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas (Sefaz) em 2002, por meio de concurso público.
João de Assis era um homem religioso, que realizava ações sociais, como distribuição de alimentos e visita a presídios. De personalidade calma, era voltado sempre para ações em benefício dos mais necessitados.
Admirado por seus colegas de profissão, João de Assis era tido como um profissional de reputação ilibada, altamente comprometido com seu trabalho, cumpridor dos seus deveres e, com a legislação, além de uma pessoa extremamente tranquila e centrada em seu trabalho.
Segundo o Presidente da Associação do Fisco de Alagoas – ASFAL, Gustavo Calheiros, João de Assis gozava de alta credibilidade em meio aos colegas, visto como sério e zeloso em suas atividades, jamais se envolveu em qualquer ato que estivesse fora da legislação, durante os seus vinte anos de relevantes serviços prestados ao Estado de Alagoas.
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