17 de novembro de 2024

Tribunal do Júri julga três acusados de de linchamento que causou morte de homem na Vila Curuai, em Santarém

O caso aconteceu em janeiro de 2012. Vítima foi morta a tijoladas e pauladas. Fórum de Justiça de Santarém
Kamila Andrade/g1
Serão levados a julgamento pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira (22), três acusados de participação em linchamento que aconteceu no dia 21 de janeiro de 2012, e causou a morte de João Augusto Farias Viana, conhecido como “Mungu”.
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Segundo informações da Polícia Civil, durante as investigações, Mungu teria sido retirado de um posto de saúde e morto a tijoladas e pauladas em frente ao local. Mungu era apontado como o autor do homicídio de Rosivan Silva de Sousa, ocorrido durante uma partida de futebol na comunidade de Cruzador, próxima à Vila Curuai.
No dia 8 de fevereiro de 2012, quatro homens envolvidos no linchamento de João Augusto Farias Viana foram presos. A operação, realizada por policiais civis e militares, resultou na captura de Miguel Régis de Sousa, conhecido como “Tica Bode,” José Régis de Sousa, apelidado “Zé Bucho,” Domingos Régis de Sousa, chamado de “Dominguinhos,” e Nilson Farias Cerdeira, conhecido como “Professor Nilson.”
Os acusados foram apontados como os principais incentivadores do assassinato e tiveram suas prisões temporárias decretadas, na época, pelo juiz Gerson Marra Gomes, titular da 10ª Vara Penal. Desde então, o processo judicial passou por diversas divisões devido a questões processuais, resultando na denúncia de várias pessoas.
As ordens de prisão foram cumpridas pelas equipes da Superintendência Regional do Baixo e Médio Amazonas, da Seccional Urbana de Santarém e do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI), com apoio das delegacias de Monte Alegre, Óbidos e Juruti . Três dos quatro que foram presos eram irmãos de Rosivan.
Nesta quinta, serão julgados os réus Vanderlei Farias Gonzaga, Rilton Ferreira Galúcio, e Acácio Batista de Sousa, sendo este último o pai de Rosivan Silva de Sousa, cujo assassinato deu origem à sequência de violência.
O julgamento envolverá a apresentação de 12 testemunhas convocadas pelas partes para depor em plenário. Além dos três interrogatórios dos acusados, prevê-se que um total de 15 pessoas sejam ouvidas durante o julgamento. A expectativa é de que o júri se estenda por até 9 horas de debates, dividindo-se em dois dias. Durante esse período, os sete jurados serão isolados em um hotel, conforme determinação do Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
A sessão, marcada para às 8h, será presidida pelo Juiz de Direito Gabriel Veloso de Araújo, titular da 3ª Vara Criminal de Santarém. A acusação estará a cargo da Promotora de Justiça Mariana Dantas. A defesa dos réus Vanderlei Farias Gonzaga e Acácio Batista de Sousa será conduzida pelo Defensor Público Samuel Ribeiro, enquanto o advogado Dr. Kleber Raphael Costa Machado representará Rilton Ferreira Galúcio.
O julgamento será aberto ao público e transmitido ao vivo pelo site do Tribunal de Justiça do Pará através do link “sessões online.”
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Este julgamento promete ser um marco na busca por justiça em um caso que chocou a comunidade local, colocando em destaque as complexidades e as consequências trágicas de uma sequência de atos violentos.

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