Republicano voltou a falar sobre Canal do Panamá e Groenlândia, além de mencionar o golfo em segunda coletiva de imprensa desde ser eleito. Trump também falou sobre diversos outros tópicos geopolíticos e econômicos. Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, dá coletiva de imprensa em Mar-a-Lago em 7 de janeiro de 2025.
REUTERS/Carlos Barria
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (7) que vai mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”.
“Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’. A gente faz todo o trabalho lá”, afirmou Trump. “América” é o jeito como os norte-americanos se referem aos EUA.
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Ainda não está claro o que Trump pretende com a fala nem como ocorreria essa mudança de nome. Também não ficou claro se seria apenas o nome que mudaria, ou se faria referência também ao controle da região.
O Golfo do México é o maior golfo do mundo, sendo cercado por terras da América do Norte e da América Central. A região tem uma superfície de aproximadamente 1,55 milhão km², e seu subsolo é rico em petróleo. Além dos EUA, o golfo banha diversos países da América Latina e do Sul.
O republicano reiterou que aplicará “tarifas pesadas” para o México e o Canadá, alegando ser para compensar pelo alto fluxo de drogas entrando nos EUA.
Trump voltou a falar sobre o Canal do Panamá, o qual ele já disse ter a intenção de tomar o controle durante seu governo. O canal é atualmente controlado pelo governo do Panamá. O republicano também não descartou a coerção militar e econômica ao canal ou à Groenlândia.
“O Canal do Panamá foi construído para o Exército dos EUA. Ele é vital ao nosso país e está sendo operado pela China, e estão fazendo uma catástrofe. Dar o canal do Panamá ao Panamá foi um grande erro”, afirmou Trump. Não há evidências de que a China controle o Canal do Panamá.
Durante a coletiva, Trump voltou a criticar o presidente Joe Biden. Afirmou que Biden “não sabe fazer nada” e que a guerra da Ucrânia não teria ocorrido se ele fosse presidente. O republicano acrescentou que o conflito tem a possibilidade de escalar.
Trump também mencionou outros tópicos geopolíticos durante sua coletiva. Veja alguns abaixo:
Afirmou que “vai abrir as portas do inferno no Oriente Médio” caso os reféns israelenses mantidos pelo grupo terrorista Hamas não tenham sido libertados até que ele assuma o cargo, em 20 de janeiro;
Criticou os juízes de Nova York, principalmente Juan Merchan, à frente do caso criminal em que ele foi condenado do dinheiro pago à atriz pornô. “Me deram uma ordem de silêncio porque sabem que se ele poderia falar ficaria claro que é um golpe”;
Afirmou que “não precisa” dos produtos do Canadá;
Vai considerar sanções econômicas à Dinamarca por conta da Groenlândia. O país europeu administra a ilha no Atlântico norte;
Voltou a criticar a Otan, afirmando que o incentivo financeiro à aliança militar deveria ser 5% do nível atual.