19 de novembro de 2024

Trump pede para adiar data da sentença da ação em que foi condenado por suborno a atriz pornô para após eleição

Em carta a juiz, os advogados de defesa do ex-presidente e candidato republicano falam em ‘objetivos de interferência eleitoral descarados’ e reclamam que não há justificativa para ‘pressa’. Ex-presidente dos EUA, Donald Trump sai do tribunal em Nova York após ser condenado no caso Stormy Daniels.
Seth Wenig/Pool via REUTERS
O ex-presidente e candidato republicano às eleições presidenciais deste ano, Donald Trump, está tentando adiar o anúncio de sua sentença no caso criminal em que foi condenado por suborno à atriz pornô Stormy Daniels.
A defesa de Trump pediu, nesta quarta-feira (14), em carta ao juiz que cuida do caso, para que ele seja adiado para depois da eleição presidencial, em novembro, argumentando que a data atual da sentença, 18 de setembro, favorece o que eles chamaram de “objetivos descarados de interferência eleitoral” dos promotores.
“Esse momento ilustra o quão irracional é ter a possibilidade de apenas um único dia entre uma decisão sobre questões de imunidade presidencial de primeira impressão e uma sentença sem precedentes e injustificada. Finalmente, deixando de lado objetivos de interferência eleitoral descarados, não há razão contrária válida para que o Tribunal mantenha a data atual da sentença no calendário. Não há base para continuar a pressa”, escreveram os advogados de defesa na carta, que se tornou pública nesta quinta (15).
Carta de advogados de Trump pedindo adiamento do anúncio da sentença
REUTERS
O juiz Juan Merchan já adiou a sentença uma vez, a pedido de Trump, após recente decisão da Suprema Corte dos EUA sobre imunidade presidencial. A data original era 11 de julho.
O pedido de Trump por um adiamento acontece um dia após o juiz ter criticado duramente os advogados de defesa por levantarem “alegações imprecisas e infundadas” em uma moção apresentada para que ele se recusasse a seguir no caso com base em um suposto conflito de interesses envolvendo sua filha e a vice-presidente, Kamala Harris. Merchan negou a moção.

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