U20 reúne autoridades de grandes cidades para discutirem soluções climáticas
Imagem: Reprodução/TV Globo
Prefeitos e representantes de 100 cidades do mundo estão reunidos no Rio para o U20, o evento que reúne soluções para mudanças climáticas.
Uma das cidades mais quentes do mundo, Phoenix, nos Estados Unidos, registrou ano passado mais de 600 mortes por causa de uma onda recorde de calor.
Foram 113 dias seguidos com temperaturas acima dos 38°C.
A prefeita da cidade disse que está investindo 60 milhões de dólares em transporte limpo, plantio de árvores e na construção de prédios que não absorvem calor.
Kate Gallego é uma das convidadas do U20, evento que reúne, no Rio, representantes de mais de 100 cidades do mundo.
O vice-prefeito de Roterdã veio da Holanda para mostrar como o país dos diques virou referência para conter o avanço do mar.
“Minha cidade fica 6 metros abaixo do nível do mar. Uma realidade que alcança 75% do território holandês. Demos mais espaço para os rios. E não permitimos nenhuma construção perto das margens”, disse Robert Simons.
O Rio de Janeiro se inspirou na experiência holandesa para o projeto de construção de diques no Jardim Maravilha, na zona oeste da cidade. A região voltou a alagar na quinta-feira (14) depois de mais um temporal.
De Paris, veio a prefeita Anne Hidalgo. Ela compartilhou as inovações sustentáveis feitas na capital francesa feitas nos últimos anos, como a redução de 40% do tráfego de automóveis na área central da cidade, o incentivo ao transporte público e ao uso de bicicletas. Além dos projetos de despoluição do Rio Sena.
Além de compartilhar experiências e soluções para problemas comuns, as cidades do U20 querem pressionar os chefes de Estado que estarão na cúpula do G20, a partir da próxima segunda-feira, no Rio, a mudarem as regras de financiamento de fundos internacionais para enfrentarem a crise climática.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, é uma das lideranças à frente da proposta que vai ser entregue na reunião de cúpula.
Segundo ele, os recursos existem, mas não são facilmente acessíveis às cidades.
“O problema é que a gente tem um modelo no mundo em que os governos centrais têm muito poder e têm que dar sempre a chancela para que esse financiamento aconteça. Que a gente tenha caminhos mais rápidos, atalhos, para que, sendo algo relacionado ao enfrentamento das mudanças climáticas, os trâmites burocráticos não sejam complexos. É o papel de mais protagonismo que as cidades têm que ter, especialmente em tema de financiamento”, disse o prefeito do Rio de Janeiro.