9 de janeiro de 2025

Último réu do caso Vitória Gabrielly vai a júri em São Roque; relembre o crime

Crime ocorreu em 2018, em Araçariguama (SP). Odilan Alves é a quarta pessoa a virar réu no caso, e foi preso em 2019, quando era investigado por comandar o tráfico na cidade. Ele é acusado de ser o mandante da cobrança de dívida que causou a morte da adolescente. Odilan será julgado nesta quarta-feira (20), no Fórum de São Roque (SP)
Arquivo pessoal
O júri do traficante Odilan Alves, acusado de ser o mandante da cobrança de dívida que causou a morte da adolescente Vitória Gabrielly em Araçariguama (SP), em 2018, começa às 9h desta quarta-feira (20), no Fórum de São Roque (SP).
📱 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), oito testemunhas foram convocadas para depor, sendo cinco de acusação e três de defesa. Odilan é o último réu a ser jugado no caso.
Ele foi preso em 2019, quando era investigado por comandar o tráfico em Araçariguama. Segundo a Polícia Civil, na época Odilan havia confessado o comando da venda de entorpecentes nos pontos do Jardim Brasil.
O réu já cumpre 25 anos de prisão por penas somadas das comarcas de Itapevi, na grande SP, e São Roque por tráfico de drogas, associação criminosa, posse de arma e munição.
Vitória Gabrielly Guimarães Vaz tinha 12 anos quando desapareceu, em 2018, após sair de casa para andar de patins, em Araçariguama. O corpo dela foi encontrado oito dias depois, no meio de um matagal.
Três pessoas foram presas e indiciadas por homicídio doloso suspeitas de envolvimento no crime. Odilan foi preso quase um ano depois do crime e reconhecido por duas testemunhas por meio de fotos.
Júri de casal acusado de matar Vitória Gabrielly continua nesta terça com fase de debates
Réus condenados
Além de Odilan, que vai a júri nesta quarta-feira, o casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes e o servente de pedreiro Júlio César Lima Ergesse já foram condenador por participarem do crime.
O primeiro a ser jugado foi Júlio César, em 2019. Com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa e crime cometido para ocultar, a primeira condenação de Júlio chegou a 34 anos. O material genético da menina foi encontrado nas unhas dele.
Relembre por que o desaparecimento da menina ganhou repercussão nacional
Pai da Vitória chegou a comentar sobre prisão de Odilan
A defesa do servente de pedreiro entrou com recurso no Superior Tribunal de Justiça para tentar anular o júri de 21 de outubro de 2019. Em segunda instância, o Tribunal de Justiça diminuiu a pena dele para 23 anos e quatro meses de detenção, sendo quase dez anos a menos.
Júlio Ergesse foi o primeiro a ser condenado no Caso Vitória Gabrielly
Carlos Henrique Dias/g1
Em 2021, o casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes também foi condenado. Segundo a sentença do juiz Flávio Roberto de Carvalho, Bruno foi condenado a 36 anos e três meses. Já Mayara foi sentenciada a 36 anos pelo homicídio, sequestro e ocultação de cadáver com qualificadoras.
O casal teria cumprido as ordens de Odilan ao sequestrar e matar a menina.
Relembre o caso
Menina de 12 anos sai para andar de patins e desaparece em Araçariguama (SP)
Vitória Gabrielly desapareceu na tarde do dia 8 de junho de 2018, quando saiu de casa para andar de patins, em Araçariguama. Uma câmera de segurança registrou a menina na rua no dia do sumiço. O desaparecimento mobilizou buscas diárias com cães farejadores e policiais pela região.
A adolescente foi encontrada morta oito dias depois, em 16 de junho, em uma mata às margens de uma estrada de terra, no bairro Caxambu.
Segundo a polícia, a garota estava com os pés e as mãos atados e o corpo amarrado a uma árvore. Vitória usava a mesma roupa que vestia no dia em que sumiu e os patins foram encontrados perto do corpo.
Mayara, Bruno e Júlio foram presos acusados de participação direta na morte da menina. Os três foram levados para a penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba (SP). Eles negaram os crimes desde o início.
A polícia apurou que Vitória foi raptada por engano para que uma dívida de drogas fosse quitada. A menina teria sido morta depois que os criminosos perceberam que estavam com a pessoa errada.
Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

Mais Notícias