6 de novembro de 2024

‘Um pesadelo que não tem como esquecer’, diz mulher que viu morte de turista em pêndulo na Lagoa Azul


Jussara Vitória Alves de Oliveira, de 24 anos, morreu após colidir contra pedras durante o salto. Polícia investiga o caso. “Guia de segurança não foi retirada”, diz mulher que viu morte de turista na Lagoa Azul
Elisabete Fernandes não consegue esquecer os momentos de desespero que passou depois que presenciou a morte da colega Jussara Vitória Alves de Oliveira, de 24 anos.
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A jovem morreu no domingo (3) após saltar de um pêndulo, também conhecido como rope jump, e colidir contra pedras no Parque Ecológico Lagoa Azul, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba.
“É um pesadelo que não tem como esquecer o desespero que foi”, conta Elisabete.
Jussara participava, sozinha, de uma excursão que saiu de Joinville, Santa Catarina. Durante a viagem, ela fez amizade com outras pessoas que participavam do passeio.
Jussara Vitória Alves de Oliveira, 24 anos
Redes Sociais/Divulgação
Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, antes de uma pessoa saltar em um pêndulo, ela deve ficar presa por uma corda de segurança, ligada à plataforma. Esta corda precisa ser solta na hora do salto, o que não aconteceu com a vítima.
A polícia disse ainda que, como a corda de segurança é mais curta que a do pêndulo, ela puxou a vítima contra as pedras, causando o acidente.
Conforme Elisabete, outra pessoa fez o salto antes de Jussara e tudo ocorria bem até então. Ela lembra que a jovem chegou a hesitar pular, mas foi incentivada pelo rapaz que trabalhava na atração.
“Foi feita a contagem [regressiva] e ela travou, ela estava com muito medo. Ela voltou, ele conversou um pouco com ela e novamente fizemos a contagem. Na segunda contagem, ele fez a mesma coisa que fez com a primeira [pessoa que pulou]: a ‘empurrou’, mas a diferença é que ela estava com a guia”, relata.
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Parque está interditado, segundo prefeitura
Parque onde turista morreu após colidir contra pedras em salto de pêndulo estava interditado, diz prefeitura
Reprodução/RPC
Segundo a Prefeitura de Campo Magro, o Parque Ecológico Lagoa Azul estava interditado e não possui licenças de funcionamento.
A prefeitura explicou que o local não tem licenças ambientais, alvará e licença do Corpo de Bombeiros.
Pessoas que estavam no local foram ouvidas pela polícia. O proprietário da Ojheik Rolês, responsável pelo rope jump, e dois funcionários compareceram à delegacia, mas ficaram em silêncio, segundo a polícia.
O que dizem os envolvidos
Em nota, a empresa Ojheik Rolês disse que lamenta o acidente e presta apoio à família da vítima. Esclareceu também que está à dispor das autoridades para esclarecimentos.
A administração do parque disse que apenas disponibiliza o local e que não tem responsabilidade sobre o serviço.
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