Jussara Vitória Alves de Oliveira, de 24 anos, morreu após colidir contra pedras durante o salto. Polícia investiga o caso. “Guia de segurança não foi retirada”, diz mulher que viu morte de turista na Lagoa Azul
Elisabete Fernandes não consegue esquecer os momentos de desespero que passou depois que presenciou a morte da colega Jussara Vitória Alves de Oliveira, de 24 anos.
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A jovem morreu no domingo (3) após saltar de um pêndulo, também conhecido como rope jump, e colidir contra pedras no Parque Ecológico Lagoa Azul, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba.
“É um pesadelo que não tem como esquecer o desespero que foi”, conta Elisabete.
Jussara participava, sozinha, de uma excursão que saiu de Joinville, Santa Catarina. Durante a viagem, ela fez amizade com outras pessoas que participavam do passeio.
Jussara Vitória Alves de Oliveira, 24 anos
Redes Sociais/Divulgação
Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, antes de uma pessoa saltar em um pêndulo, ela deve ficar presa por uma corda de segurança, ligada à plataforma. Esta corda precisa ser solta na hora do salto, o que não aconteceu com a vítima.
A polícia disse ainda que, como a corda de segurança é mais curta que a do pêndulo, ela puxou a vítima contra as pedras, causando o acidente.
Conforme Elisabete, outra pessoa fez o salto antes de Jussara e tudo ocorria bem até então. Ela lembra que a jovem chegou a hesitar pular, mas foi incentivada pelo rapaz que trabalhava na atração.
“Foi feita a contagem [regressiva] e ela travou, ela estava com muito medo. Ela voltou, ele conversou um pouco com ela e novamente fizemos a contagem. Na segunda contagem, ele fez a mesma coisa que fez com a primeira [pessoa que pulou]: a ‘empurrou’, mas a diferença é que ela estava com a guia”, relata.
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Parque está interditado, segundo prefeitura
Parque onde turista morreu após colidir contra pedras em salto de pêndulo estava interditado, diz prefeitura
Reprodução/RPC
Segundo a Prefeitura de Campo Magro, o Parque Ecológico Lagoa Azul estava interditado e não possui licenças de funcionamento.
A prefeitura explicou que o local não tem licenças ambientais, alvará e licença do Corpo de Bombeiros.
Pessoas que estavam no local foram ouvidas pela polícia. O proprietário da Ojheik Rolês, responsável pelo rope jump, e dois funcionários compareceram à delegacia, mas ficaram em silêncio, segundo a polícia.
O que dizem os envolvidos
Em nota, a empresa Ojheik Rolês disse que lamenta o acidente e presta apoio à família da vítima. Esclareceu também que está à dispor das autoridades para esclarecimentos.
A administração do parque disse que apenas disponibiliza o local e que não tem responsabilidade sobre o serviço.
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