20 de setembro de 2024

Universitária estrangeira de 25 anos denuncia que foi vítima de estupro coletivo em boate da Lapa

A vítima relatou que, após conhecer um rapaz na boate Portal Club – que fica ao lado de três delegacias na Rua do Lavradio – aceitou ir com ele a um espaço mais reservado da boate, conhecido como ‘dark room’ e lá abusada. A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro vai investigar um estupro coletivo de uma estrangeira de 25 anos dentro de uma boate na Lapa, na Região Central do RJ, no último domingo (31). O caso foi registrado na noite desta terça-feira (2), após a vítima denunciar o caso na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).
A vítima relatou que, após conhecer um rapaz na boate Portal Club – que fica ao lado de três delegacias na Rua do Lavradio – aceitou ir com ele a um espaço mais reservado da boate, conhecido como ‘dark room’.
Neste local, ela disse haviam vários homens e que foi estuprada por eles. A mulher destacou que acredita que os homens seriam amigos do rapaz que ela havia conhecido anteriormente.
Ela contou ainda que durante o abuso chegou a perder a consciência e que não sabe se algo foi colocado a sua bebida, já que era “open bar”.
Quando recuperou a consciência, procurou a amiga para contar a situação. A estudante disse que em seguida denunciou o estupro a funcionários da boate, inclusive seguranças, que teriam tentado dissuadi-la de ir à delegacia. A amiga da vítima teria testemunhado toda a situação.
Nesta segunda, ela procurou a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj para denunciar o crime e registra-lo na delegacia.
A vítima, que havia chegou no Rio no próprio domingo e seguiria para a Bahia na segunda-feira (1º), afirmou que pretendia permanecer no Brasil para aprender português por pelo menos um ano, mas que agora quer voltar para o país de origem.
Após o registro de ocorrência, a jovem foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de corpo de delito.
A boate Portal Club foi procurada e disse que repudia veementemente o crime e que nunca irá apoiar qualquer tipo de intolerância, opressão ou violência contra mulher. O estabelecimento disse que acolheu a vítima e informou que vai fornecer as imagens do circuito de câmeras da boate para a polícia.
A Polícia Civil ainda não comentou o caso.
De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), houve no estado cerca de 4 mil registros de estupros coletivos em dez anos, desde 2012.

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