10 de janeiro de 2025

Vacina que protege contra HPV tem baixa procura nos postos de saúde; veja onde se imunizar em Sorocaba e Jundiaí

A vacina do Instituto Butantan protege contra quatro tipos do HPV, os considerados de baixo risco e os de alto risco, que causam o câncer de colo do útero e outros cânceres. Vacina protege contra o HPV de baixo risco, tipos 6 e 11, e contra o de alto risco, tipos 16 e 18
Prefeitura de Sorocaba/Divulgação
Uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) com mais casos no mundo pode ser evitada por meio da vacinação. O Papilomavírus Humano (HPV) está associado ao desenvolvimento da quase todos os cânceres do colo de útero, além de outros tipos de tumores em homens e mulheres, conforme o Ministério da Saúde (MS).
Em Sorocaba e Jundiaí (SP), postos de saúde aplicam a vacina, de segunda a sexta-feira, em meninos e meninas de nove a 14 anos e outros grupos que se enquadrem nos critérios do MS (entenda mais abaixo).
“A vacina é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção e é distribuída gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”, explica a enfermeira e supervisora da Central de Vacinas da Secretaria da Saúde de Sorocaba, Daniela Camargo.
Mesmo com a aplicação sendo feita sem necessidade de agendamento nas duas cidades, a baixa procura preocupa autoridades em saúde. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que 90% das meninas, de nove a 14 anos, seja vacinada contra a doença.
“É indicado que a vacina seja aplicada antes do início da vida sexual, para que homens e mulheres estejam protegidos do vírus desde as primeiras relações sexuais e não haja transmissão da doença”, explica a supervisora.
A vacina, que faz parte do Calendário Nacional de Imunização, deve ser aplicada em duas doses, em um intervalo de seis meses. Já para imunocomprometidos, são recomendas três doses, em um intervalo de nove meses.
Adolescentes que não receberam a segunda dose no intervalo indicado, podem tomar o reforço após o prazo, para não perder a chance de completar o esquema vacinal, conforme orienta o Ministério da Saúde.
Outros grupos que podem receber o imunizante:
Vitimas de violência sexual, de nove a 45 anos;
Imunossuprimidos, de nove a 45 anos, não vacinadas ou que receberam esquema incompleto de vacinação;
Transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, de nove a 45 anos;
Pacientes oncológicos, de nove a 45 anos.
São necessárias duas doses para a imunização contra o vírus HPV
Prefeitura de Jundiaí/Divulgação
Sorocaba
Em Sorocaba, o imunizante está disponível nas 33 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade. A aplicação será feita no horário de atendimento de cada unidade. Não é necessário agendar.
No ano passado, apenas 10% das meninas e 11% dos meninos receberam a vacina em Sorocaba. Em 2023, foram aplicadas 7.040 doses, considerando todos os públicos.
Este ano, até o momento, a cobertura vacinal está em 14% para meninas e 17% para meninos. Foram aplicadas 935 doses da vacina.
UBS Laranjeiras, em Sorocaba (SP)
Prefeitura de Sorocaba/Divulgação
Jundiaí
Moradores de Jundiaí podem receber a vacina em qualquer UBS, Novas UBS e Clínica da Família, no horário de atendimento de cada unidade.
Em 2023, foram aplicadas 4.38 doses em meninas e 5.810 doses em meninos. Neste ano, até o momento, foram aplicadas 1.724 vacinas contra o HPV, considerando todos os públicos.
“A vacina pode causar eventos adversos esperados como qualquer outro imunizante. Vermelhidão, inchaço ou dor no braço onde a vacina foi aplicada, são eventos comuns e não é necessário se preocupar.” enfatiza Daniela Camargo.
UBS Guanabara, em Jundiaí (SP)
Fábio Linhares/ TV TEM
Rastrear a doença
Sorocaba agora conta com um método de rastreamento do câncer de colo de útero, uma das doenças causadas pelo HPV. Segundo a prefeitura, o serviço começa a ser oferecido a partir de março.
Inicialmente, serão feitos 1.000 testes de biologia molecular. Com este método, mais mulheres que possam ter o vírus do HPV vão receber o diagnóstico antes de terem lesões no colo do útero, ou seja, em um estágio inicial.
O rastreamento tradicional, feito pelo exame papanicolau, detecta a doença somente depois que aparecem as feridas.
Sorocaba conta com o rastreamento do câncer de colo de útero na rede pública para detectar a doença em estágios iniciais
Prefeitura de Sorocaba/Divulgação
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