23 de setembro de 2024

Vale conclui obras de reparo em anomalias da barragem Forquilha III

Empresa divulgou um comunicado afirmando que representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM) inspecionaram e certificaram a realização da operação. Barragem Forquilha III, em Ouro Preto.
Divulgação/Vale
A mineradora Vale emitiu um comunicado na manhã desta sexta-feira (12) informando que concluiu as obras de reparação nas anomalias detectadas na barragem Forquilha III, em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais. As correções foram finalizadas nesta quinta (11).
Uma nota técnica feita por uma consultoria terceirizada em 15 de março detectou “acúmulo de material sedimentado, de coloração acinzentada, na saída do dispositivo de drenagem”. (saiba mais abaixo)
Ainda de acordo com a mineradora, representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM) inspecionaram a situação da barragem na própria quinta-feira e certificaram que a situação está regular.
Segundo a mineradora, a função de drenagem do dispositivo foi restabelecida, eliminando a passagem de sólidos. Diz, ainda, que “continuará monitorando a estrutura permanentemente”, bem como a própria solução implantada, e que continuará os esforços para avançar na descaracterização e na redução do nível de emergência da estrutura.
A barragem Forquilha III é uma das três em nível 3 de emergência em Minas Gerais – a Sul Superior, em Barão de Cocais, também da Vale, e a da mina de Serra Azul, da ArcelorMittal, em Itatiaiuçu, estão na mesma situação.
A estrutura, localizada na mina de Fábrica, tem 77 metros de altura e armazena 19,4 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Ela está em processo de descaracterização, com previsão de conclusão em 2035.
9 – Barragem Forquilha III
Infográfico: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1
A anomalia
A anomalia, detectada no dia 15 de março, consiste no acúmulo de material sedimentado, de coloração acinzentada, na saída do dispositivo de drenagem, localizado no primeiro alteamento da barragem. Segundo a mineradora, não houve alteração nas condições da estrutura.
O g1 teve acesso a uma nota técnica elaborada pela consultoria Aecom. De acordo com o documento, esse dreno apresenta histórico de saída de material ao longo dos anos, mas a ocorrência atual “é inédita no sentido de que o material observado é distinto do verificado nas ocasiões anteriores, tratando-se, claramente, de material que contém minério de ferro em fração muito fina”.
“A anomalia consistiu na observação de material de coloração cinza na tubulação do dreno e na canaleta onde o dreno deságua”, diz um trecho.
Na nota técnica, assinada em 21 de março, a consultoria recomendou à Vale a paralisação de todas as atividades realizadas na barragem até a conclusão do diagnóstico da situação atual.
Após isso, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou à Vale que mantenha a população informada, “de forma verídica, tempestiva e completa e em linguagem acessível”, sobre os riscos e condições de segurança. A empresa apresentou um planejamento a uma empresa que assessora a instituição no caso, prevendo as obras de reparação concluídas nesta semana.
A ANM realizou vistorias no local junto a outros órgãos. A mineradora também apresentou a proposta de intervenção à agência de regulação.
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