26 de dezembro de 2024

Veja como denunciar se encontrar medicação com aumento maior do que o estabelecido nesta sexta (29)

Com aval do governo, preço dos medicamentos deve subir até 4,5% a partir deste domingo (31). Câmara que regulamenta o tema estabeleceu esse percentual como teto. Medicamentos adquiridos em farmácia particular
Ana Clara Marinho/TV Globo
Com aval do governo, preço dos medicamentos deve subir até 4,5% a partir deste domingo (31). Esse percentual, que funciona como um teto (valor máximo), foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (28).
Em nota, o Ministério da Saúde informou que o valor é o menor praticado desde 2020 e que o percentual “não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste”.
Saiba como denunciar se encontrar medicação com aumento maior do que o estabelecido ao final da reportagem.
Em uma rua de Brasília, que concentra várias farmácias, as vitrines já estão cheias de avisos sobre o reajuste das medicações e também oferecendo promoções aos consumidores antes do aumento que acontece sempre em março.
“Eu tô, inclusive, nessa peregrinação, porque a diferença de preço é uma coisa absurda de uma farmácia pra outra. Agora tô aí nessa andança, e tem dias que eu passo em 4, 5 pra conseguir comprar, conta o autônomo Raimundo Nonato Rodrigues.
O reajuste nos preços dos medicamentos acontece todo ano e leva em conta um cálculo que considera a inflação no período medida pelo IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) , e outros índices como a produtividade da indústria farmacêutica e os custos de produção.
As farmácias podem aplicar esses 4,5% de reajuste de uma vez ou “parcelar” esse aumento ao longo do ano. Mas, até março de 2025 (quando a Câmara de Regulação deve soltar nova regra), farmácias e fabricantes não podem aplicar reajustes maiores que esse.
O reajuste máximo este ano é de até 4,5%, menor que o de 2023, que foi de 5,6% e que 2022 quando houve um aumento de 10,89%, o maior patamar desde 2016.
“É bem melhor do que dos anos anteriores, mas isso também acaba impactando na vida das famílias, principalmente famílias que tenham aposentados, pensionistas e pessoas que façam uso de remédios de uso contínuo”, esclarece a economista Carla Beni.
Na decisão, o conselho do CMED, que cuida do tema, afirmou que as empresas produtoras deverão dar “ampla publicidade” aos preços de seus medicamentos. A economista recomenda que oconsumidores façam pesquisas pra tentar diminuir o impacto do reajuste.
“É importante buscar descontos que as farmácias forneçam – remédios de uso contínuo costumam estar disponíveis na farmácia popular, nos postos de vacina do seu bairro – e fazer pesquisas online” recomenda a especialista Carla Beni.
Caso o consumidor note um aumento maior do que o estabelecido, ele deve denunciar na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), por meio dos canais de Comunicação da Anvisa, na Ouvidoria ou no Fale Conosco.
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