1 de fevereiro de 2025

Veja como funciona as eleições para presidente da Câmara dos Deputados e do Senado


O mandato do presidente e dos outros parlamentares da mesa diretora da Câmara e do Senado é de dois anos. Na Câmara, para ser eleito, o candidato precisa receber ao menos 257 votos. No Senado, 41. Veja como funciona as eleições para presidente da Câmara dos Deputados e do Senado
Reprodução/TV Globo
Deputados e senadores vão escolher neste sábado (1º) os presidentes das duas casas pelos próximos dois anos. Esses presidentes decidem as pautas que entram em votação.
As cabines para garantir o voto secreto dos deputados estão prontas do lado de fora do plenário. O voto vai diretamente para o painel eletrônico. No Senado, o voto também é secreto, mas em cédula de papel. A contagem será manual, no plenário, na frente de todos.
Veja como funciona as eleições para presidente da Câmara dos Deputados e do Senado
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O mandato do presidente e dos outros cargos da mesa diretora da Câmara e do Senado é de dois anos. Na Câmara, o candidato que conquistar metade mais um dos votos dos presentes é eleito, desde que ao menos 257 deputados participem da votação. No Senado, é preciso conquistar ao menos 41 votos. As candidaturas podem ser registradas até sábado (1°), antes do início dos discursos dos candidatos.
Até o momento, três deputados se lançaram para disputar a presidência da Câmara: Marcel Van Hatten, do Novo; Pastor Henrique Vieira, do PSOL; e Hugo Motta, do Republicanos – o favorito para vencer. Ele entra na disputa com o apoio do atual presidente da Câmara, Arthur Lira, do Progressistas, e do governo. O acordo, que dá o favoritismo a Hugo Motta, reúne 17 dos 20 partidos da Câmara – governistas e de oposição.
Até o momento, três deputados se lançaram para disputar a presidência da Câmara
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No Senado, são cinco candidatos: Marcos do Val e Soraya Thronicke, do Podemos; Marcos Pontes, do PL; Eduardo Girão, do Novo; e Davi Alcolumbre, do União Brasil, que ainda não registrou candidatura. Alcolumbre já foi presidente da casa, conta com o apoio do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD, e do governo. Ele tem o apoio formal de nove partidos, governistas e de oposição, que reúnem 73 dos 81 senadores.
No Senado, são cinco candidatos
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Os presidentes da Câmara e do Senado decidem os projetos entram na pauta de votação, influenciando diretamente os interesses do governo e da oposição. Também escolhem os relatores das propostas e decidem o momento em que uma CPI pode ser instalada. Têm, ainda, poder na divisão de boa parte do dinheiro das emendas parlamentares, que em 2024 somaram R$ 50 bilhões.
“A capacidade de ingerência do Congresso Nacional no orçamento discricionário, daquilo que vai ser gasto e realizado pelo governo, está muito grande. A gente está nesse momento que certamente o presidente da República não consegue pensar em construção de coalizão sem a presidência da Câmara e a presidência do Senado. Antes ele fazia isso com os líderes partidários. Hoje ele precisa dos presidentes”, destaca a professora da FGV, Graziella Testa.
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