Candidato do PSDB foi o segundo entrevistado da série com os postulantes à prefeitura de São Paulo Concorrendo à prefeitura de São Paulo, o apresentador José Luiz Datena foi o sabatinado nesta quarta-feira
Foto: Edilson Dantas/O Globo
O jornalista José Luiz Datena (PSDB) participou nesta quarta-feira da série de sabatinas com os candidatos à prefeitura de São Paulo realizada pelos jornais O GLOBO, Extra e Valor e pela rádio CBN. Nesta quinta-feira, será a vez de Tabata Amaral (PSB). Já na próxima semana, no dia 23, é Pablo Marçal (PRTB) quem será entrevistado, seguido de Guilherme Boulos (PSOL) no dia 24. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) abriu a rodada na segunda-feira.
As entrevistas com os candidatos no Rio têm transmissão ao vivo pela rádio e nos sites e redes sociais dos três veículos. Elas têm início às 10h30 (horário de Brasília), com duração aproximada de uma hora. A cobertura, no site e na edição impressa do GLOBO, contará com reportagens e análises sobre cada sabatina.
A ordem das sabatinas foi definida por sorteio, mas as datas precisaram sofrer ajustes por conta da agenda de debates. Foram chamados os cinco candidatos mais bem colocados na última pesquisa eleitoral de São Paulo divulgada pelo instituto Datafolha.
As sabatinas representam uma oportunidade para que os candidatos detalhem propostas para a cidade, e também para que sejam questionados sobre diferentes aspectos de suas atuações políticas. Os entrevistadores dos candidatos de São Paulo serão as colunistas Vera Magalhães e Malu Gaspar, do GLOBO e da CBN, os âncoras da rádio Débora Freitas e Fernando Andrade, e a colunista Maria Cristina Fernandes, do Valor e da CBN.
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de José Luiz Datena. Leia:
“Bandido, ele [Pablo Marçal] já foi, porque ele foi condenado. Ele me citou num processo que foi arquivado, que não foi para frente porque não havia prova nenhuma contra mim, agora, ele foi condenado.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: O ex-coach Pablo Marçal foi condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado pela Justiça Federal de Goiás, em 2010. Apesar da condenação, ele não cumpriu pena, uma vez que sua punição foi declarada prescrita por ter ultrapassado o prazo.
A ação começou em 2005, no âmbito da Operação “Pegasus”, deflagrada pela Polícia Federal quando Marçal tinha 18 anos. Com outros suspeitos, ele foi réu no processo que acusou supostos criminosos que desviaram dinheiro de contas de bancos, como Caixa e Banco do Brasil.
O grupo foi acusado, de acordo com o processo, de criar sites falsos dos bancos públicos para desviar dinheiro de correntistas, com condenação em maio de 2010. A defesa entrou com recurso, analisado em segunda instância em 2018.
Em julho do ano passado, Marçal também foi alvo de outra operação da Polícia Federal. Ele é investigado por crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro durante as eleições do ano anterior.
A acusação de assédio sexual contra o ex-apresentador foi arquivada, em 2019, por ter sido apresentada ao Ministério Público mais de seis meses após o suposto delito. A legislação, à época, estipulava o prazo de até seis meses, a contar no dia do ato, para o direito de representação da vítima.
“Não tem médico. São 16 mil médicos em São Paulo, não dá? Vai ter que contratar mais? A Maria Cristina vai perguntar, mas quanto isso vai custar? Não sei, mas tem que ter, são 12 mil enfermeiros.”
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#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: Durante a sabatina, Datena afirmou que o município de São Paulo contava com 16 mil médicos. No entanto, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o número real é de 26.145 médicos. Em relação aos enfermeiros, o candidato acerta. No total são 12.069 profissionais.
A checagem entrou em contato com a assessoria de Datena para esclarecer a origem desses dados, mas não obteve resposta.
“O campeão de receber obras sem licitação é uma pessoa próxima do prefeito, com R$ 43 milhões.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: De acordo com uma reportagem publicada em outubro de 2023 pela Folha de S. Paulo, a empresa de Pedro José da Silva, padrinho da filha de Ricardo Nunes, recebeu R$ 43 milhões em nove contratos emergenciais fechados com a Prefeitura de São Paulo. Em 2023, a gestão municipal gastou R$ 2,9 bilhões com obras que dispensam licitação.
Dados disponíveis no site do Tribunal de Contas do Município (TCM) e em listas de convênios celebrados pela prefeitura registram que os acordos foram firmados entre 2021 e 2023 com a empresa DPT Engenharia e Arquitetura, que pertence a Pedro. Procurado, no entanto, o TCM não confirma se a empresa DPT é a que mais recebeu obras sem licitação e diz que não vai se manifestar sobre o caso.
Ao jornal Folha de S.Paulo, na ocasião em que uma reportagem a respeito foi publicada, a prefeitura disse que as obras emergenciais contratadas são “exclusivamente para os casos de risco iminente para a vida dos munícipes ou para a estabilidade de estruturas, além de respeitarem o modelo de contratação, conforme prevê a legislação”.
Segundo a administração municipal, o processo de contratação emergencial só é autorizado após recomendação expressa da área técnica da Defesa Civil e da área jurídica.
“Sobre o caso mostrado pela reportagem, a ordem de serviço foi emitida em agosto do ano passado. Somente após apresentação do projeto pela empresa chega-se ao valor e então se providencia a intervenção necessária”.
“Sabe quanto a prefeitura recebe por dia de multa? Você imagina quanto recebe por dia? R$ 4 milhões por dia. É uma indústria desgraçada da multa.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: A Prefeitura de São Paulo arrecadou R$ 1,63 bilhão com multas previstas no Código de Trânsito Brasileiro em 2023 — o equivalente a R$ 4,41 milhões por dia. Os dados são do boletim da Execução da Receita Orçamentária, de dezembro do ano passado.
Procurada, a Secretaria Municipal da Fazenda confirmou os números. “A arrecadação com multas previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em 2023 foi de R$ 1.632.423.728,18. Em 2024, o valor arrecadado foi de R$ 791.793.991,97 e a previsão é de que, até o fim do ano, seja de R$ 1.896.568.728,00”, informou a pasta em nota.
“Um milhão e meio de metros quadrados de calçada o prefeito deixou de construir. As pessoas andam na rua.”
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A declaração é #FAKE. Veja por quê: De acordo com o Programa de Metas da Prefeitura de São Paulo para o mandato de 2021 a 2024 (SP Ágil), o objetivo era realizar a manutenção de 1.500.000 metros quadrados de calçadas. Até julho de 2024, mais da metade da meta foi batida. No entanto, segundo o candidato, a Prefeitura teria deixado de realizar 100% das obras de manutenção estabelecidas no SP Ágil.
O projeto, determinado na Meta 40 do Programa, é de responsabilidade da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (SIURB). Segundo a base do SP Ágil, até julho de 2024 foram realizadas manutenções em 828.865 metros quadrados de calçadas, portanto, mais da metade da meta estabelecida no início do mandato atual de Ricardo Nunes, que assumiu o cargo após a morte do ex-prefeito Bruno Covas.
“Essas empresas [de ônibus] vão ganhar R$ 7 bilhões da Prefeitura de mais subsídios.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: A cidade de São Paulo teve seu orçamento para 2024 aprovado pela Câmara Municipal na Sessão Plenária em 21 de dezembro do ano passado. O valor da peça foi de R$ 111,8 bilhões. Deste total, R$ 9,73 bilhões foram destinados à Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SPTrans), cuja compensação tarifária do sistema de ônibus prevê um subsídio de R$ 5,15 bilhões. Para a eletrificação da frota de veículos do sistema municipal de transporte coletivo, a peça orçamentária indica mais um montante de R$ 2,5 bilhões em incentivos. Totalizando R$ 7,65 bilhões disponíveis em subsídios para o sistema de ônibus municipais em 2024.
Participaram desta checagem: Adriana David, Daniel Biasetto, Filipe Vidon, Giovanna Durães, Klauson Dutra, Letícia Dauer, Lucas Guimarães, Mel Trindade e Thamila Soares.
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Participaram desta checagem: Adriana David, Daniel Biasetto, Filipe Vidon, Giovanna Durães, Klauson Dutra, Letícia Dauer, Lucas Guimarães, Mel Trindade e Thamila Soares.
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