17 de outubro de 2024

Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre caso de agricultor que confessou ter matado cunhado por briga de herança

Agricultor confessou ter matado cunhado por não achar justo que a vítima tivesse direito a parte da herança, segundo o delegado. Vítima já teria agredido pai do suspeito. Homem é preso suspeito de matar cunhado a tiros por disputa de herança
O agricultor Vanderley Sousa Cruvinel confessou ter matado a tiros o cunhado, Juliano Peterson Souza Durigon, em uma fazenda em Rio Verde, no sudoeste do estado. Conforme o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, o crime ocorreu devido a brigas, principalmente por herança.
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Veja abaixo o que se sabe sobre o caso:
Quem era a vítima?
Quem era o suspeito?
Como foi crime e a prisão?
Qual foi a motivação do crime?
Qual a herança?
Como Juliano reagiu durante a briga?
Quantos tiros foram disparados?
O que diz a defesa de Vanderley?
Quem era a vítima?
Juliano Peterson Souza Durigon, de 46 anos, deixou um filho de 21 anos, segundo o delegado. Ele era autônomo e comandava um bar e distribuidora em Rio Verde. Ele era casado com a irmã de Vanderley, que confessou tê-lo matado.
Quem é o suspeito?
Vanderley Sousa Cruvinel é agricultor e um dos herdeiros dos bens deixado pelo pai. O delegado afirmou que o suspeito e a vítima moravam em fazendas vizinhas, separadas por uma cerca.
Quando foi o crime e a prisão?
O crime aconteceu no dia 8 de outubro. A esposa da vítima, irmã do acusado, testemunhou o ocorrido. Segundo o delegado, ela relatou que “percebeu o irmão indo em direção ao marido com uma arma e dizendo: ‘Vou te ensinar a bater na cara de homem’”.
Vanderley foi localizado no dia seguinte, às margens da GO-050, em uma área de mata próxima à fazenda onde mora, em Rio Verde.
Qual foi a motivação do crime?
A herança deixada pelo pai do acusado e sogro da vítima foi motivo de diversas brigas. Os dois discutiam o valor que cada um teria direito, já que teriam negócios mal resolvidos. Vanderley não considerava justo que a vítima tivesse direito a parte da herança, segundo o delegado Adelson Candeo.
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De acordo com o delegado, a vítima também já havia agredido o pai de Vanderley, que era o dono dos bens deixados para os herdeiros, e o irmão dele. Em 2016, Vanderley chegou a registrar uma ocorrência na polícia em que falava das agressões de Juliano contra o irmão dele.
“As discussões determinantes são por conta de divisão de valor de herança, por conta do cheque e por conta da vítima falar sempre mal da família do autor e querer a herança do pai do autor, de quem ele tanto falava mal. Ele falar mal de quem justamente ele queria valores de herança é que geraram o grande problema”, disse o delegado.
Qual a herança?
A herança deixada pelo pai do acusado e sogro da vítima é uma propriedade.
“A divisão aproximada seria de uns 10 alqueires para cada herdeiro. Isso representaria, mais ou menos, 4 milhões ou 4,5 milhões para cada”, disse o delegado.
Como a vítima reagiu durante a briga?
Conforme Adelson Candeo, Juliano correu do cunhado e entrou na caminhonete, mas, ao tentar manobrar o veículo, bateu em uma árvore enquanto Vanderley atirava. Ao sair do carro, ele foi atingido por um tiro no tórax e morreu, segundo o delegado. O delegado informou que o número de tiros que atingiram a vítima e o veículo só será confirmado após a conclusão da perícia.
Quantos tiros foram disparados?
A polícia ainda não divulgou a informação. O número de tiros que atingiram a vítima e o carro só pode ser confirmado após a conclusão da perícia, informou o delegado.
O que diz a defesa do suspeito?
A defesa do suspeito, Vanderley Sousa Cruvinel, informou ao g1 que ele está preso e colaborando com as autoridades. O advogado Jefferson Silva Borges também afirmou que o acusado “se colocou à disposição da Justiça, contribuindo com as investigações” . Confira a nota completa:
“A defesa de Vanderley informa que ele foi detido pela Polícia Civil e está colaborando plenamente com as autoridades competentes. Desde o início, Vanderlei se colocou à disposição da Justiça, contribuindo com as investigações. Aguardamos a tramitação regular do inquérito, confiantes de que a verdade será devidamente apurada.”
Juliano Peterson Souza Durigon (à esquerda), a vítima, e Vanderley Sousa Cruvinel (à direita), o supeito – Goiás
Divulgação / Polícia Civil
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