5 de outubro de 2024

Veja os fatores que beneficiam e prejudicam Boulos, Nunes e Marçal, segundo o Datafolha

Instituto divulgou análise dos números apresentados pelos três primeiros colocados nas pesquisas das últimas semanas. Boulos, Nunes e Marçal
Fabio Tito/g1
O Datafolha publicou, nesta quinta-feira (3), uma análise que mostra os fatores que beneficiam e prejudicam os três primeiros colocados na disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo pesquisa do instituto. Confira abaixo:
Fatores que beneficiam
Guilherme Boulos (PSOL)
Votação espontânea (24%) próxima de estimulada (26%), indicando voto consolidado;
Parcela dos eleitores que o consideram o candidato ideal (61%) é maior do que a registrada no eleitorado de Nunes (44%);
Lidera entre eleitores mais escolarizados (34%) e entre mais ricos (32)%, junto com Marçal, que tem 29%, estratos que tendem a se abster menos de votar;
Lidera entre simpatizantes do PT (58%) e eleitores de Lula em 2022 (50%), mas com espaço para avançar nesses segmentos;
56% de seus eleitores têm muita vontade de votar, índice acima da média e do registrado entre eleitores de Nunes (34%);
Tem índice acima da média de eleitores comprometidos (42%), superando o registrado por Nunes (14%) e Marçal (30%).
Ricardo Nunes (MDB)
O atual prefeito é quem mais cresce entre espontânea (16%) e estimulada (24%);
Presença de material de campanha e cabos eleitorais nos bairros pode favorecer a lembrança do voto no emedebista;
Rejeição mais baixa (23%) do que Boulos (38%) e Marçal (53%);
Tem eleitorado diversificado ideologicamente, com participação significativa de bolsonaristas (36%), petistas (30%) e eleitores de centro (26%);
Tem melhor desempenho que principais adversários em projeções de segundo turno, com vantagem estável ao longo das últimas semanas;
É a segunda opção de voto mais citada pelos eleitores.
Pablo Marçal (PRTB)
É visto por 55% de seus eleitores como o candidato ideal, índice acima do registrado por Nunes (44%);
Está em viés de alta nas últimas duas semanas, com avanço de 19% para 24%.
Fatores que prejudicam
Guilherme Boulos (PSOL)
Avançou pouco na pesquisa estimulada entre o início da campanha (23%) e a semana da eleição (26%);
Tem rejeição alta (38%), que ficou estável ao longo da campanha;
Tem votos concentrados (85%) entre eleitores que se consideram petistas.
Ricardo Nunes (MDB)
Obtém melhores resultados entre menos escolarizados (30%) e mais pobres (30%), que tendem a se abster mais da votação;
Tem índice mais alto de eleitores que ainda podem mudar de ideia até a eleição (26%) na comparação com Boulos (15%);
O índice de seus eleitores que o veem como candidato ideal (44%) é mais baixo do que entre eleitores de Boulos (61%) e Marçal (55%);
Não conseguiu aumentar a aprovação a seu governo ao longo da campanha (o índice atual, de 25%, é igual ao registrado na segunda quinzena de agosto, no início oficial da campanha).
Pablo Marçal (PRTB)
É rejeitado pela maioria (53%) dos eleitores, índice que chega a 59% entre as mulheres;
Fica atrás dos adversários nas projeções do segundo turno;
Tem a pior imagem entre os eleitores na avaliação sobre participação nos debates.
1º turno
A pesquisa divulgada nesta quinta (3) com a intenção de votos para prefeito da capital mostra Guilherme Boulos (PSOL) com 26%, Ricardo Nunes (MDB) com 24%, e Pablo Marçal (PRTB) com 24%.
Pela margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os três estão empatados tecnicamente.
A três dias das eleições, os três candidatos oscilaram, dentro da margem de erro. Boulos oscilou um ponto para cima, de 25% para 26%; Nunes, três pontos para baixo, de 27% para 24%; e Marçal, três pontos para cima, de 21% para 24%.
Página especial de pesquisas eleitorais de São Paulo
A candidata do PSB, Tabata Amaral (PSB), oscilou de 9% para 11%, e José Luiz Datena (PSDB) oscilou negativamente de 6% para 4%
A pesquisa, encomendada pela TV Globo e a “Folha de S.Paulo” foi realizada entre 1 e 3 de outubro e entrevistou presencialmente 1.806 pessoas acima de 16 anos na cidade de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. O registro na Justiça Eleitoral tem o protocolo SP-09329/2024.
Veja os números:
Guilherme Boulos (PSOL): 26% (eram 25%)
Ricardo Nunes (MDB): 24% (eram 27%)
Pablo Marçal (PRTB): 24% (eram 21%)
Tabata Amaral (PSB): 11% (eram 9%)
Datena (PSDB): 4% (eram 6%)
Marina Helena (Novo): 2% (eram 2%)
Bebeto Haddad (DC): 0% (era 0%)
Ricardo Senese (UP): 0% (era 0%)
João Pimenta (PCO): 0% (era 0%)
Altino Prazeres (PSTU): 0% (Não foi citado na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 6%
Indecisos : 3%

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