Presidente reforçou a importância de apresentar as atas e da sugestão de fazer uma nova eleição. ‘Se tiver bom senso, poderia fazer uma conclamação ao povo, quem sabe convocar uma nova eleição’, afirmou. ‘Não quero me comportar de forma apaixonada’ diz Lula sobre eleições na Venezuela
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (15) que “não quer se comportar de forma apaixonada” sobre resultados das eleições na Venezuela. E que Nicolás Maduro está devendo uma explicação para o Brasil e para o mundo.
Ainda de acordo com Lula, a relação com a Venezuela “ficou deteriorada”, porque a situação política do país “está ficando deteriorada”.
“Não é fácil e não é bom que um presidente da república de um pais fique dando palpite sobre a política de um presidente de outro país. Eu mantenho relações com a Venezuela desde quando tomei posse em 2002, tive muita relação com o [Hugo] Chavéz […]. E essa relação ficou deteriorada porque a situação política lá está ficando deteriorada na Venezuela”, afirmou Lula.
“Conversei com o Maduro antes das eleições, agora não conversei, mas dizendo para o Maduro que a transparência e a legitimidade do resultado é o que iria permitir que a gente continuasse brigando permitia para que fossem suspensas as sansões contra a Venezuela”, prosseguiu.
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O presidente reforçou a importância de apresentação das atas com o resultado das eleições. Segundo Lula, o governo brasileiro quer que o Conselho Nacional Eleitoral diga quem ganhou as eleições.
Questionado se reconhece Maduro como presidente eleito, Lula informou que “ainda não”. Segundo Lula, Maduro “sabe que ele está devendo uma explicação para a sociedade e para o mundo”.
“Estive com Colômbia e México, pra ver se encontrava uma saída. Tem que apresentar os dados, por algo confiável, o Conselho nacional que tem gente da oposição poderia ser, mas ele mandou pra Suprema Corte dele. Não posso julgar a Justiça de outro país”, afirmou Lula.
“Eu quero o resultado, se tiver, vamos tratar, o Maduro ainda tem seis meses de mandato, só termina ano que vem. Se tiver bom senso, poderia fazer uma conclamação ao povo, quem sabe convocar uma nova eleição e deixar que entre olheiros de todo mundo pra ver as eleições”, prosseguiu.
A declaração foi para a Rádio T, de Foz do Iguaçu (PR).
– Esta reportagem está em atualização