Embarcação da Marinha atracou no porto de Rio Grande com 115 toneladas de doações para cidades atingidas pelas enchentes. Ventania impede a distribuição de donativos no Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, o vento forte impediu a distribuição de donativos a algumas comunidades, mas a solidariedade conseguiu vencer o mau tempo.
A fila enorme mostra o tamanho da vontade de recomeçar. A Cufa, Central Única das Favelas, doou cestas básicas e kits de limpeza à colônia de pescadores Z3, em Pelotas, a mais atingida pela cheia da Lagoa dos Patos, no sul do estado. Tudo que chega, é bem-vindo.
“Alimentos, limpeza, tudo faz falta, tudo tá precisando. A gente agradece muito esse pessoal que está ajudando”, disse a dona de casa Izaida Maria Dias de Freitas.
O Rio Grande do Sul recebeu, pela segunda vez, uma carga de donativos, trazidos pelo maior navio de guerra da América Latina. A embarcação da Marinha atracou no porto de Rio Grande. A bordo, 115 toneladas de doações para cidades atingidas pelas enchentes.
Doações da Cufa (Central Única das Favelas) na colônia de pescadores Z3, em Pelotas, a mais atingida pela cheia da Lagoa dos Patos, no RS.
Reprodução/JN
Para Pelotas, a Marinha trouxe as doações com um navio de porte menor. O navio está a cerca de 4 quilômetros da terra firme e, agora, depende das condições climáticas para descarregar as doações.
Neste sábado (29), o vento forte e as ondas da Lagoa dos Patos impediram que barcos menores transportassem as doações até os moradores.
“Aqui uma grande maioria vive da pesca, e quem é o pescador agora que vai conseguir se manter? Não tem. Então vai ser assim que a gente vai ter que se manter, um ajudando o outro porque aqui é muito pequeno”, disse a dona de casa Caroline Gonçalves Braga.
Em Porto Alegre, o vento forte também fez o nível do Guaíba subir e chegar perto da cota de inundação. Alguns pontos na zona sul da capital registraram alagamentos. Na orla de Ipanema, o lago formou ondas e invadiu a avenida.