9 de outubro de 2024

Vereador do Paraná que votou aumento do próprio salário da praia não se reelege

Com o resultado, mandato de Bruno Barbosa na Câmara de Jataizinho termina no final deste ano. Vereadores devem pagar indenização por terem votado aumento dos salários da praia, diz MP
O vereador Bruno Barbosa (Cidadania), de Jataizinho, no norte do Paraná, que estava na praia quando votou pelo aumento dos salários dos parlamentares, não foi reeleito para a próxima legislatura. Veja o vídeo acima.
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Segundo o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele teve 156 votos e vai deixar a Câmara no final deste ano. Ele foi eleito em 2020, quando obteve 286 votos.
Em janeiro de 2023, durante o recesso do Legislativo, os vereadores de Jataizinho convocaram duas sessões extraordinárias, onde aprovaram o reajuste de 5,93% nos próprios salários, do prefeito, vice, secretários municipais e servidores.
As reuniões duraram 22 minutos. Barbosa participou remotamente, debaixo de um guarda-sol em uma das praias de Balneário Camboriú (SC). Ele estava acompanhado do vereador Antônio Brandão, que não tentou a reeleição em 2024.
Os outros parlamentares votaram presencialmente. Na época, Barbosa disse que “não teve tempo para se deslocar a outro lugar”. O reajuste salarial começou a valer ainda em 2023.
O g1 tentou falar com o vereador sobre o resultado das eleições municipais deste ano, mas não teve retorno do contato.
Vereadores votam aumento dos próprios salários direto da praia
Reprodução/Câmara Municipal de Jataizinho
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Pedido de indenização
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pede uma indenização por danos morais coletivos de R$ 100 mil aos vereadores – R$ 50 mil para cada um – que participaram das sessões direto da praia catarinense.
“A conduta dos requeridos Antônio Brandão e Bruno Barbosa da Silva comprovadamente abalou a imagem e a credibilidade do ente público e toda a sociedade, incutindo no povo e até mesmo nos próprios servidores públicos a falsa ideia de que ‘tudo é possível’ no exercício da função pública, pouco importando a lei ou a moral, disseminando um sentimento de impunidade, de estímulo ao descaso e de deboche com o órgão público”, diz um trecho da ação.
Ainda não houve decisão da Justiça.
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