Terminal de Porto Alegre está fechado há um mês, desde 3 de maio. Retorno está previsto apenas para o Natal, de acordo com o governo federal. VÍDEO: Aeroporto de Porto Alegre já está seco, mas apresenta poças e sujeira
Depois de parar as atividades no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, a água baixou e se concentrou em pequenas poças pelo terminal, que está fechado há um mês. No local, as consequências do desastre se manifestam com um local seco, mas ainda sujo nesta segunda-feira (3).
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O cenário de destruição visto no início de maio deu lugar ao trabalho de limpeza do andar térreo, que foi atingido, juntamente com a pista de pouso e decolagem. Além disso, será necessário reparar a rede elétrica.
Na área das bagagens ainda se encontram mato, lixo e pedaços de pau em cima das esteiras.
Desde 3 de maio, 600 mil pessoas deixaram de pegar um voo porque 5,4 mil aviões deixaram de decolar. Para compensar a conexão da capital com outros estados, a administradora Fraport passou a operar com capacidade reduzida na Base Aérea de Canoas, com check-in em um shopping da cidade.
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Esteiras do aeroporto tem sujeira acumulada
Philipe Guedes/TV Globo
Apesar de estar parcialmente seca, a pista já está limpa, mas apresenta poças de água. De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o asfalto da área está esfarelando. Arrozeiros locais ajudaram na drenagem, usando bombas de irrigação para remover parte da água acumulada.
Uma vistoria foi realizada nesta segunda, quando foi constatada a necessidade de reformas na pista. Representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Fraport e do Governo Federal estiveram no local.
“O caminho critico é a pista. Visualmente pode parecer que está tudo bem. Podemos limpar e começar. Infelizmente temos que passar por um programa de sondagens e testes de 45 dias, para entender [o impacto do alagamento]”, afirma Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil.
Pista do Aeroporto de Porto Alegre está seca, mas tem poças
Philipe Guedes/TV Globo
Ao todo, 4 mil pessoas trabalham hoje no aeroporto, e os funcionários de algumas lojas presentes no terminal retornaram para fazer a limpeza após os estragos.
A Fraport administra o Aeroporto Salgado Filho desde 2018, quando a administração do local foi concedida à iniciativa privada. A concessionária afirma que precisará de apoio do Governo Federal para retomar as operações.
O ministro Paulo Pimenta, que está à frente da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, disse que a empresa receberá financiamento para cobrir os serviços de reparo, que não estavam previstos no contrato de concessão.
Até o período anterior aos temporais e às cheias que deixaram 172 mortos no RS, o aeroporto conectava a capital a 22 cidades de todo o Brasil e a seis destinos internacionais.
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