Lorena Mariano almoçava quando sentiu o engasgo. Aluna soldado agiu em poucos segundos e salvou a mulher. Mulher se engasga na hora do almoço em supermercado em Vila Velha
Uma aluna soldado da Polícia Militar salvou uma funcionária de um supermercado em Vila Velha, na Grande Vitória, que engasgou durante o almoço. As imagens registraram o momento em que a operadora Lorena Mariano começa a desfalecer e foi socorrida por Iara Bonifácio.
“Senti que eu tinha engasgado, aí eu levantei pra tentar beber água, só que não foi um engasgo normal. Não consegui chegar no bebedouro, o segurança me colocou sentada, e já estava ouvindo as vozes das pessoas bem longe”, contou a operadora de caixa.
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O caso aconteceu no dia 26 de setembro. As imagens de segurança do supermercado mostram o momento em que a Lorena começa a passar mal e os colegam tentam ajudar. Dois policiais próximos veem o desespero da funcionária, quando, logo em seguida, a aluna soldado tira o colete e faz a monobra de Heilimch e salva a moça.
A manobra de salvamento pode ser utilizada tanto em crianças quanto em adultos. Durante o procedimento uma das mãos permanece fechada sobre a chamada “boca do estômago” (região epigástrica). A outra mão comprime a primeira, ao mesmo tempo em que empurra a “boca do estômago” para dentro e para cima, como se quisesse levantar a vítima do chão.
“Ela veio, fez a manobra em mim, e aí que eu fui voltando a si. Eu agradeci muito a ela, muito mesmo. Me deu uma oportunidade de viver de novo. Se ela não tivesse lá, eu não teria sobrevivido”, disse Lorena.
Após a manobra de Heimlich, a operadora de caixa Lorena Mariano apresentou melhora. A aluna soldado Iara Bonifácio voltou ao trabalho diário na Polícia Militar.
Primeira vez que fez a manobra
Iara tem 29 anos e está passando pelo processo antes de se tornar oficialmente uma soldado da Polícia Militar do Espírito Santo. A formatura, segundo ela, acontece no fim do mês de outubro.
Segundo a aluna, foi a primeira vez que realizou a manobra de Heimlich fora da formação como policial. O procedimento já havia sido estudado e aplicado nas formas teórica e prática.
Operadora de caixa foi salva por aluna soldado da PM em Vila Velha, no ES
TV Gazeta
O primeiro contato que tive com a manobra foi durante a formação. Dentro da grade do curso, há uma matéria de primeiros socorros. Lá a gente aprende tudo e como fazer. Mas meu primeiro contato foi ali na hora. Nem deu tempo de sentir dificuldade. Foi só colocar em prática o que a gente havia aprendido e deu tudo certo”, comentou.
Segundo a aluna, a ocorrência no supermercado em Vila Velha cumpre o que ela esperava quando entrou na PM, que é servir à população.
“Poder atender à população é muito gratificante. Também é gratificante ver o reconhecimento. Servir é um dos pilares da Polícia Militar”, disse à reportagem.
Policial salva bebê de dois meses de engasgo em Cariacica, ES
Policial salva bebê de dois meses de engasgo em Cariacica, ES
Um caso parecido aconteceu também na Grande Vitória, mas em Cariacica. Bruno Martins, soldado da Polícia Militar, salvou um bebê de dois meses de um engasgo em Cariacica, no Espírito Santo. O PM fez uma manobra de Heimlich logo que o pai da criança chegou com ela no colo pedindo ajuda na 16ª Cia Independente em Nova Rosa da Penha, na mesma cidade.
Este caso aconteceu no dia 5 de setembro, mas só neste final de semana que o soldado decidiu publicar o vídeo do salvamento em suas redes sociais.
Após o susto, o policial permaneceu por um tempo ao lado da mãe. Na conversa, ele deu algumas orientações para que a família consiga agir caso algo assim volte a acontecer novamente. O policial acredita que, se não tivesse preparado, o bebê não teria sobrevivido.
Durante o curso de formação, os PMs recebem aulas de primeiros socorros, mas o policial avalia que é no dia a dia que os aperfeiçoamentos ocorrem.
“Estou na PM há quase dez anos e já tive muitas experiências intensas, mas algumas ficam gravadas para sempre. Não costumo compartilhar muito sobre, mas tive a honra e a responsabilidade de salvar a vida de um recém-nascido. Quando algo assim acontece, as pessoas enxergam a farda como um tipo de socorro. Então, a gente tem a chance de ajudar e de salvar vidas”, relatou.
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