Testemunhas contaram à polícia que mais de 20 motociclistas estavam na frente da casa e até tentaram arrombar o portão. Caso aconteceu em Vila Velha, na Grande Vitória. Motoboys atacam casa de cliente após briga por demora na entrega de lanche
Um grupo de motoboys fez um buzinaço e soltou foguetes e rojões na casa de um morador após uma reclamação sobre demora na entrega de um pedido na noite de domingo (2), em Vila Velha, na Grande Vitória. Segundo a Polícia Militar, o morador e o motoboy chegaram a brigar fisicamente e, depois da discussão, o entregador voltou com vários colegas para a frente da casa.
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Moradores contaram que cerca de 20 motociclistas atacaram a casa. Nas imagens (veja no início da reportagem) é possível ver que vários deles cercam a casa e começam a soltar vários rojões na direção do telhado e do portão.
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Muitos motoboys buzinam, fazem barulho com o acelerador e xingam. Um deles incentiva para o grupo quebrar o portão da casa.
“Vai bater em motoboy? É a tropa. Esculacha motoboy pra tu ver”, diz um dos motoboys.
Testemunhas contaram que cerca de 20 motociclistas foram até a casa em Vila Velha, Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Depois do ataque, a casa e o carro do morador ficaram danificados, com várias telhas quebradas. O cliente, um advogado de 40 anos que preferiu não ser identificado, disse que os motoboys também jogaram pedras na casa, que fica em Praia da Costa.
O advogado disse que os agressores tentaram entrar na garagem e fizeram ameaças a toda a família.
Atraso na entrega
Ainda segundo o advogado, toda a confusão aconteceu por causa de um atraso na entrega de um lanche pedido na noite de domingo.
Mas, como demorou a ser entregue, ele cancelou o pedido. De acordo com o advogado, ele chegou a explicar para o motoboy porque não queria mais o produto, mas afirmou que foi ameaçado e agredido com socos e chutes, mas que não revidou.
Segundo advogado, motoboys jogaram pedras que quebraram o carro e telhas da casa em Vila Velha, Espírito Santo
Acervo pessoal
Cerca de uma hora e meia depois, o motoboy voltou com os colegas. Alguns vizinhos disseram que o advogado foi agredido primeiro, mas também bateu no motoboy.
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A Polícia Militar disse que foi acionada já por volta de 0h de segunda-feira (3) sobre cinco motociclistas que estariam na frente de uma residência acendendo fogos de artifício.
Quando a polícia chegou até o local, os motociclistas já tinham ido embora. Os policiais conversaram com o advogado e o orientaram a registrar um Boletim de Ocorrência.
Versão do motoboy
Vidro do carro foi quebrado após ataque de motoboys em Vila Velha, Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
O motoboy de 31 anos que fez a entrega disse que quando chegou na casa o cliente já estava alterado.
“Quando eu cheguei lá, o cliente já estava no portão falando que o pedido dele estava atrasado. Eu falei com ele que eu tinha feito 2 entregas antes, para ele olhar minha bolsa. Minha bolsa tava lotada, tinha mais de oito pedidos. Ele falou que não queria mais e eu disse que ia guardar e ia continuar fazendo minhas entregas, porque pra mim não fazia diferença se ele ia querer ou não. Ele achou que eu tirei sarro da cara dele”, contou o motoboy, que também preferiu não ser identificado.
De acordo com o relato do motoboy, quem começou as agressões foi o advogado.
“Toda hora ele foi grosseiro, falando que eu era vagabundo. Afastei ele três vezes, ele me deu chute, acertou os dois chutes que ele me deu. Foi aí que nós trocamos socos, ele me imprensou contra a parede. Quando os moradores desceram, ele começou a falar que era que estava querendo mudar toda a situação”, pontuou o motoboy.
Casa de advogado ficou cheia de estilhaços após ataque de motoboys em Vila Velha, Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Sobre a presença dos outros motociclistas após a briga, o motoboy afirmou que tinha combinado de apenas fazer um buzinaço na frente do local.
“Saí para continuar entrega, não esperava que aquilo tudo ia acontecer, mas foi acontecendo. A gente combinou um local para ir lá, e fomos lá para fazer um buzinaço, mas aquilo ali eu não concordo muito não, mas aconteceu”, disse.
O advogado afirmou que ia registrar uma ocorrência sobre o caso, mas até a última atualização desta reportagem a Polícia Civil disse que não localizou nenhum registro.
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