19 de janeiro de 2025

VÍDEO: Mulher que agrediu casal gay em padaria no Centro de SP é presa em flagrante após atropelar homem; ela fugiu do local e estava embriagada

Jaqueline Santos Ludovico atropelou vítima na madrugada de sexta na Barra Funda. A vítima foi levada para o Hospital São Camilo de Santana, onde ficou em observação médica. Mulher que agrediu casal gay em padaria no Centro de SP é presa após atropelar jovem
Jaqueline Santos Ludovico, que agrediu um casal gay em uma padaria na Santa Cecilia, no Centro de São Paulo, foi presa em flagrante por lesão corporal após atropelar um homem na madrugada de sexta-feira (14) na Barra Funda.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Jaqueline passa com seu Honda HRV em alta velocidade e atinge a vítima, que chegou a sinalizar que estava na faixa de pedestre (veja acima).
Mulher que agrediu casal gay em padaria no Centro de SP é indiciada por lesão corporal e injúria; veja quando agressora joga cone em vítima
Jaqueline fugiu do local. Segundo a polícia, foi constatado que ela estava com sinais de embriaguez.
Políciais que atenderam a ocorrência fizeram um patrulhamento pela região para tentar localizar Jaqueline. Depois, ela retornou para a cena do crime com a irmã, onde foi presa em flagrante por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, fuga do local do acidente e embriaguez ao volante.
Segundo informações do boletim de ocorrência, a vítima foi encaminhada para o Hospital São Camilo de Santana, onde ficou em observação médica.
Jaqueline passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar. O g1 tenta contato com a defesa da mulher, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que “policiais militares atenderam a ocorrência e, no endereço indicado, verificaram que a mulher atingiu a vítima enquanto conduzia um Honda/HR-V vermelho. A mulher teria deixado o local e retornado posteriormente sem o veículo, apresentando falas contraditórias e sinais de embriaguez. Ela foi encaminhada ao 91º DP (Ceasa), o caso foi registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo, fuga de local de acidente e embriaguez ao volante”.
Homofobia na padaria Iracema
Polícia investiga denúncia de homofobia em padaria no Centro de SP
Jaqueline foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo por injúria racial, lesão corporal, ameaça e vias de fato após agredir um casal gay na padaria Iracema, na Santa Cecília, no Centro da capital paulista. O caso ocorreu em fevereiro deste ano.
Em um vídeo feito por uma das vítimas, é possível ver quando Jaqueline parte para cima dos rapazes. Um deles fica com o nariz sangrando. (Veja acima)
À época do ocorrido, uma das vítimas do ataque homofóbico contou ao g1 que, além dos xingamentos, também foi agredido fisicamente.
“É um recado terrível para a sociedade de modo geral, para quem diz que homofobia é mimimi, para quem gosta de fingir que não existe. Eu saí de uma padaria com nariz sangrando por algo que existe, mata, agride, ofende, que é uma parada animalesca, desumana”, afirmou o jornalista Rafael Gonzaga.
Rafael foi com o namorado à padaria Iracema por volta das 4h, após um evento. Quando parou para comer, começaram as agressões.
“Ela foi para cima do meu namorado quando viu que ele estava filmando. Entrei no meio, outros funcionários foram tb para puxar ela. Nessa hora ela cortou o nariz dele [namorado] e arranhou embaixo do olho”.
O jornalista afirma que tiveram que realizar ao menos cinco chamadas ao 190, da Polícia Militar, até conseguirem ser atendidos. Rafael ligou para a polícia pela primeira vez por volta de 4h40, mas só apareceu uma viatura no local 5h30.
Ainda segundo Rafael, mesmo com a chegada da polícia, os agentes informaram que não poderiam prender a agressora em flagrante porque não presenciaram a ação.
“Eles falaram que quando chegaram já não tinha mais confusão então não podiam dar flagrante. Que flagrante seria só se eles vissem a agressão.”
Ainda segundo o jovem, houve negligência da polícia e os agentes tentaram diminuir a gravidade do caso.
“Quer ela queira ou não, existem leis, existe Justiça, a gente não vive na barbárie. Eu não vou aceitar ser tratado como um cidadão que vale menos, ela vai pagar no rigor da lei em todas as esferas que forem possíveis porque eu vou atrás de Justiça sim”, completou.
Questionada pelo g1 à época, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que “a Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi) apura o caso, registrado como preconceitos de raça ou de cor (injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional) e lesão corporal”.

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