Imagens computadorizadas foram registradas em três etapas. Cada uma exigiu que a cobra fosse reposicionada. Objetivo do exame foi conhecer melhor a estrutura genética desses animais e faz parte de estudo. Sucuri com mais de 2 metros faz exames em Caxias do Sul
Você já passou por uma tomografia computadorizada? 🐍🚑 Pois uma sucuri-amarela (Eunectes notaeus) de mais de dois metros e 7 kg fez esse exame no Instituto Hospitalar Veterinário da Universidade de Caxias do Sul (UCS) nesta terça-feira (12). 🏥 Veja o vídeo acima.
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Tomografia em sucuri? Por quê? 🤷♂️ Todo o processo, que envolveu preparação e sedação, durou aproximadamente uma hora. O objetivo do exame foi conhecer melhor a estrutura genética desses animais como parte de um estudo de reconhecimento da espécie para consolidá-lo como um animal da fauna nativa do Rio Grande do Sul. Antes, a cobra já teve material biológico e genético coletado e análise epidemiológica feita.
“Estamos procedendo com esse estudo, porque a frequência dos relatos nos faz crer que trata-se, sim, de um animal da fauna nativa do Rio Grande do Sul, ao contrário do que muita gente pensa”, relata o analista ambiental do Ibama, Paulo Guilherme Carniel Wagner.
Sucuri de mais de 2 metros e 7 kg passa por tomografia computadorizada no RS
Bruno Zulian/Divulgação
🐍 A sucuri, um macho encontrado em fevereiro na costa do Rio Uruguai, em São Borja, na Fronteira Oeste do RS, foi levada até Porto Alegre por uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) antes de ser encaminhada para a cidade da Serra.
“A tomografia computadorizada é importante porque nos ajuda a conhecer a sistemática do animal e sua anatomia graças à qualidade das imagens, fundamental para a identificação da espécie”, destaca o médico veterinário Paulo Guilherme Carniel Wagner, analista ambiental do Ibama e chefe do Cetas-RS.
🐍🚫 Sucuri oferece perigo para seres humanos? Especialistas explicam que cobras desta espécie não oferecem riscos à população. Normalmente, sucuris-amarelas se alimentam de roedores, aves e pequenos mamíferos. É comum encontrar esse animal na região do Rio Uruguai.
🏥🩺 Para preparar a sucuri para o exame, foi necessário deixá-la em um ambiente aquecido por alguns minutos, antes de anestesiá-la e acomodá-la sobre a maca do tomógrafo. “A elevação da temperatura corporal é fundamental para que os anestésicos necessários para o exame façam efeito”, explica a médica veterinária e professora da Universidade de Caxias do Sul Claudia Giordani, que realizou a tomografia.
As imagens computadorizadas foram registradas em três etapas. Cada uma exigiu que a cobra fosse reposicionada. Depois de três horas, o animal já estava acordado e ativo. Já à tarde, a sucuri recebeu “alta” e foi encaminhada ao Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. O resultado do exame deve ficar pronto em até quatro dias úteis.
Sucuri ficou em ambiente aquecido antes de receber anestesia
Bruno Zulian/Divulgação
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