25 de dezembro de 2024

VÍDEO: Sucuri-verde de cerca de 4 metros é encontrada morta às margens de lago em Roraima

Cobra foi encontrada por um casal de agricultores próxima às margens de um lago na vila Campos Novos, em Iracema. Animal não tinha ferimentos. Sucuri-verde de cerca de 4 metros é encontrada morta às margens de lago em Roraima.
Uma sucuri-verde, de aproximadamente 4 metros, foi encontrada morta próxima às margens de um lago na vila Campos Novos, município de Iracema, ao Sul de Roraima, na tarde desse sábado (30).
O animal foi encontrado por um casal de agricultores na vicinal três do Projeto de Assentamento Ajarani. A cobra estava em uma área queimada (veja no vídeo acima).
Ao g1, Leuza Moura, de 31 anos, explicou que ela e o marido, Raimundo Pereira, de 30, faziam uma vistoria na área próxima ao terreno onde vivem quando encontraram o animal já morto. Segundo ela, a cobra não tinha marcas de ferimentos e, inicialmente, o casal pensou que fosse uma pedra.
“Ela estava tipo embolada e a gente pensava que era uma pedra. Só que a gente encostou mais um pouquinho, fomos encostado e meu marido disse: ‘isso é uma cobra, está muito estranho para ser uma pedra’. A gente retornou para casa, ele chamou um rapaz que trabalha aqui e foram lá e viram que era uma cobra mesmo, uma sucuri pretona, grande mesmo”, contou.
Segundo o pesquisador em serpentes da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, Anderson Rocha, é difícil determinar a causa da morte do animal sem algum laudo veterinário, mas muitas situações podem ter levado a morte dela, como conflitos com humanos, queimadas, injúrias ao tentar se alimentar de um determinado animal, idade ou até mesmo doenças.
“As sucuris quando adultas são animais de grande porte, podendo ter uma média de 4 a 6 metros. O tamanho acaba exigindo que está serpente tenha uma seleção de presa um pouco mais arriscada e de proporções maiores”, explicou Anderson, que analisou as imagens do animal a pedido do g1.
Sucuri-verde é encontrada morta em Iracema, município ao Sul de Roraima.
Leuza Moura/Arquivo pessoal
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O biólogo e pesquisador da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Artur Alves também analisou as imagens do animal. De acordo com ele, a sucuri tem uma longevidade boa e pode viver uma média de 10 a 15 anos na natureza, e algumas até chegam aos 20 anos.
Uma das maiores do mundo, espécie não é venenosa, mas se defende de possíveis ameaças com mordidas ou mergulhando na água. Geralmente, a sucuri habita ambientes semi aquáticos, como rios e lagos da Amazônia, e é mais ativas durante o período noturno e crepuscular, evitando o calor do dia.
No cardápio da sucuri-verde estão mamíferos de pequeno e médio porte que costumam ficar próximos à água, como capivaras, antas e cervos, aves, lagartos e jacarés. Para abater as presas, ela usa uma estratégia de “estrangulamento”.
“Diferentes das serpentes peçonhentas, elas utilizam o método de constrição. Elas enrolam o próprio corpo ao redor da presa e utilizam a força disponível para apertar a presa até que ela pare de respirar e, após isso, engolem a presa inteira”, explicou o biólogo Artur Alves.
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