PRF nega agressões e diz que motorista desrespeitou ordem de parada. Caso é investigado pela Polícia Civil. Abordagem da PRF termina em confusão no DF
Uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) terminou em confusão, na noite desta terça-feira (25), em Ceilândia, no Distrito Federal. A irmã do homem acusado pela corporação de ter desrespeitado uma ordem de parada diz ter sido agredida por uma agente. A PRF nega as agressões (veja íntegra da nota abaixo).
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
Um vídeo cedido pela PRF mostra o motorista trafegando pelo acostamento (veja vídeo acima). A agente mandou que ele parasse, mas ele não obedeceu à ordem. O homem disse que estava com uma pessoa doente no carro e seguiu até um condomínio.
Já no local, a agente pediu para que a idosa retirasse um carro que impedia a passagem da viatura e do carro do motorista, apreendido pelos agentes. A idosa de 73 anos se negou e pediu para se explicar, o que a agente negou. “Quem manda aqui é o dono da casa”, disse a mulher.
Diante da recusa, a agente foi até o carro para tentar, ela mesma, retirar o veículo do local, momento em que a idosa tentou impedir e caiu no chão. Uma câmera de segurança de dentro da casa também mostra a confusão (veja vídeo abaixo).
Em depoimento à polícia, a idosa disse que foi empurrada e levou um soco no rosto, o que causou uma lesão na boca. Ela diz ainda que caiu no chão e machucou o joelho. O caso é investigado pela 24ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia.
De acordo com a PRF, o motorista que desobedeceu a ordem de parada estava com o licenciamento do carro vencido desde 2021, além de ter mais de R$ 16 mil em débitos e 54 multas. O motorista dirigia com a carteira de motorista vencida há quase dez anos, ainda segundo a corporação.
Abordagem da PRF termina em confusão no DF
O que diz a PRF
“A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um veículo com mais de R$ 16 mil em débitos e autuou duas pessoas por desobediência e resistência durante uma abordagem no km 08 da BR-070, em Brasília/DF, na noite de terça-feira (25).
A equipe da PRF realizava patrulhamento de rotina quando identificou um automóvel transitando pelo acostamento. Diante da infração, os policiais deram ordem de parada ao condutor, que desobedeceu e continuou em fuga por mais de 4 km, adentrando uma propriedade privada na tentativa de evitar a abordagem. Destaca-se ainda que o condutor em um determinado momento reduziu a velocidade e informou que iria parar a frente, porém ele acelerou e novamente empreendeu em fuga.
Ao chegarem no local, os policiais constataram diversas irregularidades: o veículo estava com o licenciamento vencido desde 2021, acumulava mais de R$ 16 mil em débitos, incluindo 54 multas vencidas, e os pneus apresentavam desgaste excessivo, comprometendo a segurança viária. Além disso, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor estava vencida desde 2016.
Durante os procedimentos para a retirada do veículo apreendido, um terceiro automóvel entrou no lote e parou no corredor de acesso, bloqueando a saída da viatura e do carro apreendido. O veículo era conduzido por uma mulher que desceu e começou a questionar a abordagem. Apesar das explicações, ela se recusou a liberar a passagem e afirmou que os policiais não tinham autoridade no local, alegando que a propriedade era de um familiar.
Diante da obstrução, a policial solicitou que a mulher removesse o veículo, mas ela se recusou, afirmando que ninguém retiraria seu carro dali. Em seguida, a mulher empurrou a policial, tentando impedir sua aproximação. Para conter a agressão, a policial utilizou técnicas de imobilização proporcionais à resistência, afastando a mulher do veículo.
O veículo irregular foi removido ao pátio da PRF para as providências cabíveis. Antes da saída da equipe, o condutor emocionou-se e pediu desculpas, relatando dificuldades pessoais, como problemas familiares e financeiros. A PRF reforçou que, apesar das circunstâncias, o cumprimento da legislação é obrigatório.
Ao final da ocorrência, foi confeccionado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), no qual os envolvidos se comprometeram a comparecer em juízo para os esclarecimentos necessários.
Diante dos fatos, foram constatados, a princípio, os seguintes delitos:
Desobediência – Art. 330 do Código Penal (por parte do condutor);
Resistência – Art. 329 do Código Penal (por parte da mulher envolvida).
Após análise de vídeo de câmera de segurança divulgado pela própria família é possível constatar que não houve agressão por parte da PRF durante a ocorrência.
A PRF reafirma seu compromisso com a segurança pública e a aplicação rigorosa da lei, garantindo a segurança nas rodovias federais e a integridade de todos os cidadãos. A instituição também se compromete a apurar eventuais irregularidades que possam ter ocorrido durante a abordagem.”
LEIA TAMBÉM:
ÁUDIOS: suspeito de extorquir e ameaçar de morte vítima que pegou R$ 40 mil emprestado é preso no DF
CRUZEIRO: suspeito de matar motorista de aplicativo é o mesmo que agrediu e enforcou ex-companheira e amiga, diz PMDF
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.