O violonista Alex Maia e a cantora Carol Andrade lançam o álbum ‘Grande sertão: Gonzaga’
Anaryá Mantovanelli / Divulgação
♪ Enraizada no árido solo nordestino, a obra seminal de Luiz Gonzaga (13 de dezembro de 1912 – 2 de agosto de 1989) se alterna entre a festa e o lamento, ecoando alegrias e dores do povo da região mais seca e mais acolhedora do Brasil.
A cantora Carol Andrade e o violonista Alex Maia percorrem juntos em disco as léguas ora serenas ora tiranas que pavimentam a obra do compositor pernambucano. A dupla está unida no álbum Grande sertão: Gonzaga, lançado na sexta-feira, 26 de abril, com capa que expõe foto de Lu Brito.
Com a palavra, a cantora: “o título do disco sugere o tema – releitura do repertório do grande Luiz Gonzaga – porém com uma particularidade: o olhar para o sertão, que também está no título. Mas a palavra-chave, que chegou depois de todo o repertório escolhido, foi ‘grande’. Eu me lembrei do arrebatamento que tive ao ler, vários anos atrás, a obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa,e resolvi acrescentar essa palavra, para deixar claro a extensão desse sertão e destacar a vereda musical que escolhemos. Nós adentramos, com apenas uma voz e um violão, no sertão dos nossos antepassados, no esquecido sertão brasileiro que forma a minha memória afetiva e cultural e no ser-tão metafísico roseano”, conceitua Carol Andrade.
O percurso é percorrido por Alex Maia e Carol Andrade através da abordagem de músicas compostas e/ou gravadas por Luiz Gonzaga, casos de A morte do vaqueiro (Nelson Gonzaga e Nelson Barbalho, 1963), Assum preto (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950), Juazeiro (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1951), Pau-de-arara (Luiz Gonzaga e Guio de Moraes, 1952), Riacho do navio (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1955) e Súplica cearense (Gordurinha e Nelinho, 1960).
Capa do álbum ‘Grande sertão: Gonzaga’, de Carol Andrade e Alex Maia
Lu Brito