18 de novembro de 2024

Viracopos aparece em 2º lugar em avistamento de balões entre aeroportos brasileiros; veja riscos

Segundo a concessionária que administra o terminal, foram 64 avistamentos no 1º semestre. Gerente de segurança operacional explica riscos que balões trazem. Viracopos aparece em 2º lugar no ranking de avistamento de balões em aeroportos do Brasil
Um levantamento a partir de dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) mostra que o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), aparece em 2º lugar no ranking de avistamento de balões entre os aeroportos brasileiros, atrás apenas do Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
Segundo a Aeroportos Brasil, concessionária que administra o terminal em Campinas, entre janeiro e junho foram 64 avistamentos e 15 quedas de balões dentro da área de atuação. Em 9 de junho, por exemplo, um piloto alerta a torre de controle sobre seis balões na aproximação a pista de aterrisagem.
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Vale destacar que soltar balões é crime previsto no artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais, mas a presença dos objetos próximos aos aeroportos e em rotas oferece risco ao transporte aéreo.
Moisés Araújo, gerente de segurança operacional de Viracopos, alerta para os problemas que a soltura de balões provoca na operação.
“A gente tem desde de um risco da necessidade de uma manobra evasiva de uma aeronave, ou seja, ela está com sua rota estabelecida, e o piloto precisar fazer uma manobra para desviar. É como estar no trânsito e desviar de um buraco, é mais ou menos essa analogia. Isso traz um estresse para o piloto, traz estresse para os passageiros, que vão sentir a manobra”, explica.
Foto de arquivo de balão próximo ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas
Arquivo pessoal
Araújo ainda detalha que os balões oferecem riscos em outros momentos, inclusive com a possibilidade de interromper pousos e decolagens caso a queda ocorra em uma área sensível do aeroporto.
“Tem o risco também do processo de arremetida, que é quando a aeronave já está posicionada, autorizada para fazer o pouso, e em decorrência de um balão, gerar a necessidade de cancelar o pouso. Além do risco da queda em uma área sensível, de infraestrutura, que pode ocasionar uma parada do aeroporto”, completa.
Pela legislação, “é proibido fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano”. A pena para quem for condenado pelo crime pode chegar a 3 anos de prisão.
Registro de balão sobevoando área do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), neste sábado (29)
Mário César Pieroni
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