28 de dezembro de 2024

Vítima de triplo homicídio fazia planos de comprar uma casa: ‘Vou ter meu lugar, vou viver feliz’


Em mensagem a uma das filhas, Viviana Aparecida Navarro disse que estava comprando móveis e eletrodomésticos para viver confortavelmente. Viviana Aparecida Navarro (à esq) e Josiane Costa dos Santos foram mortas em Santa Cruz das Palmeiras
Reprodução redes sociais
Uma das vítimas do triplo homicídio que aconteceu em Santa Cruz das Palmeiras (SP), na noite de sábado (30), fazia planos de mudar de cidade e comprar uma casa. Nos últimos áudios enviados a uma das filhas, momentos antes de morrer, Viviana Aparecida Navarro, de 42 anos, falou dos seus planos.
“Deixa eu com o meu sofá, com meu frigobar. Daqui uns dias eu vou comprar meu lugar, eu vou viver feliz para sempre, tem que ser feliz”, disse.
Viviana tinha cinco filhos biológicos e considerava Josiane Costa dos Santos, de 34 anos, também assassinada, como uma filha adotada.
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As duas mulheres e uma filha de Josiane, Kethelyn Thainá Ribeiro de Jesus Santos, de 9 anos, foram mortas a facadas dentro da casa onde moravam, no Jardim Kennedy, em Santa Cruz das Palmeiras (SP), no fim da tarde de sábado. O crime revoltou e assustou os moradores cidade.
Segundo a polícia, o principal suspeito do crime é José Irineudo Celerino Damasceno, de 45 anos, que foi encontrado ferido também na casa. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o hospital, onde morreu, na noite de sábado.
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José Irinudo Damaceno e Viviana Aparecida Navarro estavam juntos há dois anos
Arquivo pessoal
Viviana e Damasceno tinham um relacionamento de dois anos e de acordo com a família, o casal se mudaria na próxima semana para um sítio em Porto Ferreira (SP).
“Ela queria mais ficar tranquila e sossegar da vida. Ela estava planejando, estava com um monte de coisa para mudança já”, afirmou a filha Ana Paula Gabrielly Domingos.
Em sua última conversa com a filha, Viviana disse que estava comprando móveis e eletrodomésticos para viver confortavelmente.
“O que eu tô comprando agora é para minha casa, para minha vida. Eu quero estar confortável num lugar que eu tiver e eu não penso me ver morta não, minha filha”, disse em um dos áudios.
Triplo homicídio
Viviana Aparecida Navarro, de 42 anos, Josiane Costa dos Santos, de 34 anos e Kethelyn Thainá Ribeiro de Jesus Santos, de 9 anos foram mortas a facadas em Santa Cruz das Palmeiras. O suspeito dos crimes é José Damasceno (à dir), que também morreu.
Redes sociais
Os corpos de Viviana, Josiane e Kethelyn estavam na sala e na cozinha da casa, que fica no Jardim Kennedy. Todas foram mortas com golpes de faca.
A polícia acredita que Damasceno matou as duas mulheres, a criança e depois tentou tirar a própria vida. O que reforça essa linha de investigação é a análise das câmeras de segurança de imóveis vizinhos que mostrou que ninguém entrou na casa antes dos assassinatos.
Vizinhos de Viviana ouviram-na gritar e pedir ajuda, mas acreditaram se tratar de uma briga de casal.
Duas mulheres e uma menina de 10 anos são mortas pelo namorado de uma delas, em Santa Cruz das Palmeiras
Gustavo Nolasco/EPTV
Outro filho de Josiane, de 2 anos também estava na casa e não foi ferido. Ele foi acolhido pelo Conselho Tutelar e levado para um abrigo.
Os corpos das vítimas foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de São João da Boa Vista. O sepultamento de Damasceno deverá ser feito no Ceará, sua terra natal. Josiane e Kethelyn devem ser enterradas em Campinas.
O sepultamento de Viviana foi realizado no Cemitério Municipal de Santa Cruz das Palmeiras, na tarde de sábado.
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Outro assassinato
O triplo homicídio da casa do Jardim Kennedy foi o segundo crime do tipo do sábado, em Santa Cruz das Palmeiras.
No início da manhã, a polícia encontrou o corpo de Maria Farias dos Santos, de 58 anos, em uma casa na Avenida Paulista com sinais de esganadura, com lesões visíveis na região do pescoço e rosto. A vítima encontrava-se deitada em uma cama, com indícios de luta.
Segundo a polícia, o local é utilizado para consumo de entorpecentes. De acordo com conclusões preliminares da perícia, Maria foi morta por estrangulamento com um cadarço, possivelmente de calça, apertado com alta intensidade, caracterizando requintes de crueldade e impossibilidade de defesa. Ela também apresentava uma fratura no olho esquerdo, causada por golpe contundente.
No local, foram apreendidos papelotes com resquícios de drogas, um isqueiro, um cigarro artesanal, dois pares de chinelos masculinos e um feminino. A hipótese preliminar aponta para um desentendimento entre usuários de drogas, com possível participação de dois homens em conluio. A polícia vai investigar o caso.
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